Bittersweet
Titulo: Bittersweet
Author: Me
Couple: Bruce Wayne/ Dr. Jonathan Crane
Rating: NC-17
Disclaimer: Nenhum deles obviamente me pertence. Essa história foi escrita apenas por diversão.
Summary: Bruce precisa de um doutor. Mas será que Doctor Crane é a pessoa certa?
A/N: Fic escrita para mon amour Ava *--*
Bruce relutou muito para aceitar a sugestão de Alfred. Na verdade, após presenciar a morte de uma criança de 10 anos, sua vida nunca mais fora a mesma. Ele se achava incapaz, como Batman, como homem.
Foi apenas uma noite; Um ataque de um de seus arqui-inimigos, o espantalho. Quando chegara a cena do crime já era tarde demais.Desde então Bruce se manteve recluso em sua mansão. Não queria ver ninguém e muito menos falar com ninguém.
Alfred já estava em fase de desespero; desespero tão grande que decidiu marcar uma consulta com um dos psiquiatras mais conceituados de Gotham City. Mesmo assim era de se esperar que Bruce não gostasse nada da ideia.
“Eu não preciso de ajuda Alfred. Você sabe muito bem disso.” - Bruce reclamou, enquanto arrumava alguns documentos em sua mesa.
“Senhor Bruce, só disse isso porque quero ajudar. Visite o Dr. Crane. Quem sabe ele não possa te ajudar com os seus... Enfim. Sua consulta é daqui a vinte minutos. Devo mandar preparar a limusine ou o senhor irá sozinho?”
Bruce suspira dando-se por vencido. Sabia que quanto mais resistisse, mais Alfred o perturbaria.
“Está bem. Eu vou fazer uma visita ao Dr. Crane, mas lhe garanto que estou perfeitamente são e não preciso de nenhuma ajuda médica.”
“Quem sabe, não é mesmo senhor Bruce? Vou preparar o porsche.” - Alfred diz antes de se retirar da sala de reuniões da mansão.
Assim que terminou o arquivamento, Bruce seguiu a caminho do consultório, contra a vontade mais seguiu pois sabia que Alfred apenas queria seu bem.
Chegou ao consultório no horário marcado e aguardou ser chamado para a sala. Pela voz não esperava muita coisa, apenas queria que tudo acontecesse o mais rápido possível. Mas não esperava encontrar um doutor com aparência muito jovem e belos olhos azuis, que se sentava em uma pequena poltrona ao lado do divã.
Tinha um aspecto jovial, mas ao mesmo tempo sábio, alguém sábio demais para a idade que aparentava ter. Sem retirar os olhos de seu caderno de anotação, Dr.Krane o cumprimenta e indica que seu paciente deveria se sentar.
Bruce sentou-se rapidamente, ainda surpreso com a aparência do jovem doutor. Quando Krane finalmente levanta seu olhar, Bruce sente como se aqueles olhos azuis lessem através de sua alma.
“Boa-tarde senhor... - O doutor pausa para ler seu caderno de anotações.- Wayne.”
“Boa-tarde doutor Krane. Creio que sabe o motivo de minha visita?”
“Na verdade não, sr. Wayne. Mary me disse que recebeu uma ligação da mansão Wayne pedindo por uma consulta.”
“Certamente,doutor Krane. Creio que meu mordomo entrou em contato com sua secretária.”
“Por favor, me chame de Jonathan.”- O doutor diz com um sorriso, preparando duas xícaras de chá.”
“Pode me chama de Bruce se preferir.”
“Certo, Bruce. Podemos começar? Gostaria de uma xícara de chá antes de iniciarmos a consulta?”
“Não, não. Estou bem assim. Podemos começar.”- Bruce assegura, deitando-se no divã.
“Por que não começamos pelo seu dia de hoje. Como está?”
“Particularmente bem. Apenas cuidei de alguns documentos e vim para cá. Pronto. Já terminamos?”
“Haha... O senhor é engraçado, senhor Wayne. Ainda temos muito pela frente. Acomode-se.”
Bruce concorda com a cabeça apesar de querer terminar a consulta assim que possível. A Conversa teve em torno de 40 minutos, mas Jonathan mal conseguira extrair uma ou duas informações relevantes. Parecia que Bruce estava sendo muito cauteloso para não deixar nada escapar.
A consulta termina e ambos se despedem. Por um momento, o doutro pensou que Bruce fizera o aperto de mão durar um pouco mais do que o normal, mas talvez fosse apenas fruto de sua imaginação.
Mesmo contra a vontade, Bruce começou a frequentar o consultório mais vezes durante a semana, ao menos o belo rosto do doutor era uma boa desculpa para não faltar.
Krane precisou de três consultas para finalmente extrair as informações mais importantes que precisava para o tratamento do paciente. Na verdade, tinha algo de diferente em Bruce que o fascinava. O magnata era muito intrigante e pela primeira vez o doutor não sentia a vontade de matar um paciente.
Se as pessoas soubessem quem ele realmente era, não pensariam duas vezes antes de manda-lo à Arkhan , se não , diretamente para a pena de morte, mas não queria pensar nisso agora.
Tudo o que importava era o bem estar de Bruce. Mas o que estava acontecendo com o velho doutor scarecrow? Por que se sentia tão atraído pelo magnata? Isso era algo que teria que descobrir com o tempo.
Após a quinta consulta, Bruce não se conteve mais. Já se sentia seguro o suficiente para falar um pouco mais sobre sua vida, suas angústias, seus anseios, assim como Krane criara uma espécie de ligação com o paciente; ligação que jamais tivera com nenhum outro paciente.
Tudo estava indo muito bem, até o dia em que o doutor recebe uma mensagem no meio de uma consulta. Qualquer psiquiatra desligaria o telefone, mas Krane tinha planos para a semana e nenhuma consulta poderia o atrapalhar.
“Desculpe Bruce. Tenho um assunto urgente de família. Se importa de terminarmos a consulta por hoje?”
“Não, claro eu não. Pode ir, Jonathan. Nós remarcamos outro dia. Ah, por falar nisso, gostaria de saber se o senhor... Se o senhor gostaria de jantar comigo essa noite, se possível? As oito horas?”- Bruce tentou parecer o mais diplomata possível, mas Krane apenas sorri e diz que sim.
É claro que o doutor sabia das intenções do outro rapaz, mas mesmo assim não achava uma má ideia. O que poderia dar errado em um simples jantar com um cliente? Não era errado, certo? -Krane pensou com seus botões a caminho de sua base secreta.
Assim que chegou a sua sala, já estava apropriadamente vestido com seu saco de batatas na cabeça. Seus capangas estavam planejando roubar o banco internacional de Gotham City naquela noite. Ainda era cedo, então teriam tempo suficiente para arquitetar o plano e ver as melhores possibilidades.
Quando chega a noite, todos já estavam preparados para a execução do plano. Chegaram ao banco em grupos de 5 e explodiram no mínimo três cofres mestres. Scarecrow precisava do dinheiro para multiplicar a produção de seu veneno da loucura e a cada dia que passava, estava chegando ao que almejava. Em breve teria Gotham nas mãos.
Era de se esperar que mais cedo ou mais tarde o protetor da cidade apareceria para estragar a ‘festa’ do vilão. Dessa vez não o deixaria escapar. Com sua moto, acelerou em direção a Scarecrow, pronto para atacar, mas o vilão era mais rápido ainda. Com um golpe certeiro, lançou seu pó, fazendo com que Bruce ficasse desnorteado e sem ter para onde ir.
Por sorte sua moto tinha sistema automático e parou antes mesmo de atingir uma construção. Mais uma vez Scarecrow escapava de suas mãos e mais uma vez Batman passaria a noite se castigando mentalmente por isso. Porém hoje seria uma noite especial. Tinha que preparar tudo para seu jantar com o doutor e queria estar com seu melhor humor para isso.
Assim que chegou à mansão, retirou seu uniforme e seguiu para o quarto. Tinha que tomar um banho antes de receber sua visita enquanto Alfred preparava a sala de jantar.
Jonathan tocou a campainha rapidamente aguardou ser atendido pelo mordomo. Não poderia deixar de estar boquiaberto com tanto luxo; luxo que nunca teve, mas que um dia com certeza teria.
“Boa-noite doutor Krane. Fique à vontade.”- Alfred anuncia, indicando a sala de estar.
Bruce o recebe de braços abertos, com um maravilhoso jantar e um vinho caríssimo à espera. Assim que se acomoda na cadeira, Jonathan observa a garrafa de um dos vinhos mais caros do mundo.
“ Uau. Château Petrus? Deve ter custado uma fortuna!”- Jonathan comenta, olhando para a garrafa co certa lascívia. Só de imaginar o quanto aquilo valia já era demais para que seus desejos aflorassem.
“Sem querer parecer esnobe,mas não é nada de mais para mim. Gostaria de uma taça?”
“Sim, claro.”- Jonathan diz, arrumando seus os óculos desajeitadamente.
O jantar fora perfeito. Alfred preparara os melhores pratos de seu cardápio, tudo para impressionar o convidado. Apesar de Krane ser um rapaz, o mordomo não se importava. Qualquer pessoa que trouxesse um sorriso no rosto de seu senhor já era suficiente.
Continua