Isso vai ser longo, então a quem se interesse por jogos, por favor passar do lj cut
Bom, quem tem me achado offline ultimamente sabe o que tenho feito. E uma dessas coisas é jogar a série Broken Sword. Retirei meu original do Shadow of the Templars da poeira do esquecimento e morri até o 4o jogo. De fato, os artistas responsáveis por todo o concept art ficaram na minha lista de favoritos e como a internet é uma coisa linda (quando não se está em uma semana de chuvas cheia de relâmpagos... e estamos falando de relâmpagos em Belo Horizonte, meu caro!), eles até tem sites pessoais. Um orgulhinho.
Os dois primeiros Broken Sword, um que já falei o título e o segundo, Smoking Mirror, foram feitos dentro da engine da Lucas Arts, de Adventure-RPG (como não amar Full Throttle? Day of the tentacle? Monkey Island stealing all my changes? lol). E eu sempre gostei muito do estilo mas depois não procurei mais saber. O primeiro jogo eu considero perfeito para um jogo lançado em 1996. Gente, rodava no meu pentium 100, ai minha adolescência hahaha! Já o segundo jogo, eu apanhei para conseguir, e foi a versão de playstation, bugada até a alma... Mas bom, o segundo jogo tinha coisas muito legais, uma música de encerramento divertidíssima, mas ele ficou uns pontos atrás do primeiro.
E então, em 2003 saiu uma continuação inclusive para Xbox também! Orgólho. Broken Sword - The Sleeping Dragon. Um ORGOLHO supremo, apesar dos controles complicados por causa das angulações malditas das câmeras, que fazem tudo ficar reverso de uma hora para a outra. Enfim, transformar 2D em 3D não é uma coisa fácil. Rockman demorou vários títulos até acertar, Metroid tirou de letra nas versões do Cubo, e infelizmente, de exemplos práticos que tenho agora, ahm... acabou. Mas os que não deram certo eu poderia ficar até amanhã conversando a respeito...
Enfim, voltando.
A interface realmente ficou totalmente diferente, sem nem usar o mouse, o que irritou a primeira vista, mas depois mostrou-se bem prática e rápida. E era 3D com a cara dos personagens que conhecíamos! Tinha as caretas do George de quando uma situação dava errada, ou os olhares maliciosos da Nico, e a cara de retardado do Flap! Era caricato? Sim, mas não chegava a ser monstruoso. E tinha uma pequena dose de realismo? Sim, o que tornavam os personagens algo que poderíamos identificar na rua. Será que estou falando abstrato demais?
Mas nossa, ficou no meu top chart de jogos favoritos, mesmo com as cenas malditas de ficar 3 horas seguidas fugindo de guardas. Se eu quero isso, vou jogar Metal Gear, ora (adoro)! Mas voltando. A história foi ótima, teve repescagem de personagens do primeiro jogo, e a Nico nunca esteve tão ohtema na vida (bom, quem sabe talvez pela cena do tripé no Museu Crune no 1o jogo hahah! Ai.. enfim, vamos parar de falar coisas que só eu vou entender...).
Sabe, você reconhecia o teor Broken Sword/Circle of Blood/insert seu título regional here, com cenas emocionantes, e um final de levantar o espírito! Sabe, eu gosto quando você passa a VIDA num jogo e depois quando termina, tem aquela sensação gostosa de que algo deu certo, que você está feliz e satisfeito. É como ir a um cinema e sair feliz pelo ingresso que pagou.
Já o quarto jogo, Broken Sword - The Angel of Death, foi assim, o must do desenvolvimento gráfico e técnico produzido pela Revolution, mas com participação maior da Sumo, que alias, não conhecia até então. E a marca da Revolution muda a cada Broken Sword lançado... Pelo amor de deus, decidam o que vão fazer com ela!
Ahem,
voltando ao monólogo...
Bom, o jogo é muito bom e pesado para um pc como o meu, e para vocês terem idéia, o jogo só ficou quase jogável em 800x600. Shame =/
O desenho dos personagens ficou muito bom, mas achei que jogar os personagens para um nível de realidade tão sóbrio assim saiu do que o jogo realmente era pra ser. E a história? Bom... BEM mais ou menos. Conseguiu ser mais sonsa que a do 2 (sendo que o 2 ainda assim é divertido! O 4 parecia mais uma obrigação jogar do que diversão!). Sem mencionar que parece que quanto mais o George fica velho, mais burro e incompetente ele fica. C'mon, ter que estudar do zero tudo o que já se aprendeu dos outros jogos? E gente, o cara ficou BOBO, SONSO, e pelo amor de deus, que personagem é a Anna Maria? Por favor, alguém consegue me explicar? Acho que é mais fácil ter empatia e amor pelo General Grasiento do BS2 do que ela!! E GENTE, pra quê TANTA morte? Banalizou o assunto! No terceiro jogo, alguém morre e é uma cena tão comovente, que parte sua vai junto. Já no 4o, ficou igual foto de guerra no jornal (Oi Sontag! lol), banalizou e você nem dá mais importância. Sério, se filme emo tá na moda, faça-me um favor. Se o pessoal quis 'revolucionar' e seguir as tendências atuais, que mantenha ao menos a identidade do que ja foi criado. Não é repetir a receita, mas sim usar os mesmos temperos. Acho que se o Angel of Darkness fosse um jogo qualquer isolado, ele até poderia ser bom. Mas não um Broken Sword. Não algo protagonizado por George Stobbart '2 bees 2 tees' e Nicole 'Nico' Collard. Ficou forçado. Ficou RUIM.
Enfim,
de aspectos técnicos, o jogo é realmente bom, apesar de eu ainda ter chiliques com a jogabilidade dele (para quem sai do 3 e vai jogar o 4... senhor). Tem horas divertidíssimas que só a história de Broken Sword pode trazer, mas eu achei que o pessoal dormiu no ponto ao escrever esse roteiro. Meu coração ficou enormemente entristecido. Sério.
Agora me resta esperar pelo filme que foi anunciado pelo Charles Cecil, seu criador, em maio deste ano, que vai seguir a história do Shadow of the Templars. E rezar pra que se tiver sequência, que ela não passe do terceiro jogo... T____T Ou então, que a gente reze para que o Broken Sword 5 (sim, sr. Cecil já avisou que está interessado em produzir mais um) volte a ser um Broken Sword.