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entre todas as perturbantes oscilações pendulares que, por vezes, tudo parece provocar em mim, nesta maneira arrebatadoramente exagerada, quase teatral, no sentido mais despido e cruamente dramático, com que tantas-demasiadas vezes levo o que sou, o que me acontece e o que sinto, sobrevivo aos dias escalenos em hesitantes convulsões agridoces .


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são dedos entrelaçados, as mãos fechadas nos bolsos e os corações ansiosos, precedendo os encontros que se adivinham para o resto da vida ( Read more... )

colaste-te a mim, ficaste-me nas mãos ( Read more... )

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foi na primavera, porque o sol pendia para o lado esquerdo dos nossos corações, em arco, acendendo as vontades dormentes e as mãos pedintes ( Read more... )

ainda gosto de ti .


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escrevo com a mão esquerda . e, instintivamente, é a mão esquerda que te desliza, desalinhando os beijos urgentes . é a mão esquerda que se fecha, vazia, nos bolsos esquerdos dos dias escalenos . e, inevitavelmente, é o dente esquerdo avançado que me denuncia .

mas tenho um coração ambidextro .

numa tarde de inverno por vir, fito-te lendo frente à lareira . um livro que ambos sabemos de cor, apesar da discórdia no parágrafo predilecto . fito-te aninhado no sofá, lendo sereno, e redescubro o ângulo perfeito do teu perfil, traçado a régua e esquadro, e sorrio por dentro . a tarde dissolve-se na chuva oblíqua que varre a janela da sala, ( Read more... )