F1 Slash!

May 15, 2010 21:37

 

Um barulho ensurdecedor de motores ocuparia o autódromo em alguns minutos, enquanto isso, o único barulho que se escutava ali era o dos suspiros baixos de dois pilotos que entraram a pouco em um quarto reservado do quase deserto motorhome da Force India.

- Porra, Lewis. Mais rápido - Adrian arfava enquanto sentia o namorado entrar e sair de dentro dele com a perfeição de sempre, e Deus, como aquilo era bom - Mais forte, baby, rápido.

Lewis sorriu de canto com a pressa nas palavras do alemão e começou a distribuir beijos por todo o corpo abaixo dele. Eles tinham que ser rápidos sim, mas Lewis não queria que terminasse antes da hora também. Adrian teria sempre o seu melhor.

Diminuindo um pouco o ritmo das estocadas, Lewis agarrou o quadril de Adrian e o puxou um pouco para cima, colocando as pernas do outro homem ao redor de sua cintura e se encostando mais ao seu corpo, deixando que o eventual contato entre ambos os corpos fizesse o trabalho que sua mão deveria fazer.

Lewis recomeçou os movimentos lentamente a princípio, mas foi aumentando a intensidade na medida em que os gemidos de Adrian ficavam mais altos e o aperto em seu braço mais forte.

- Hmm, Lewis... Bem aí, baby - Adrian jogou o pescoço pra trás dando total acesso aos dentes do britânico, que caminhavam por ali dando arranhões de leve e pequenas mordidas.

Algumas estocadas mais profundas depois e Lewis sentiu Adrian se apertando em torno do seu membro, e quando escutou o grito abafado pelos dentes cravados em seu ombro, se derramou dentro do namorado, desabando sobre ele em seguida e sentido o líquido branco entre seus corpos sujar o abdômen de ambos.

Os dois corpos permaneceram grudados, suados e ofegantes por alguns minutos, jogados naquela pequena cama sem forças para mais nada. E continuariam assim pelo resto do dia se pudessem, mas ainda tinham uma sessão de treinos pela frente e a qualquer momento alguém poderia aparecer procurando por eles. E a perspectiva de poder ser flagrado ali naquelas circunstâncias não parecia mais excitante após o sexo.

Adrian se remexeu um pouco alguns minutos depois, desconfortável com a posição, e Lewis se levantou, o puxando junto e caminhando até o pequeno banheiro que tinha ali, molhando uma pequena toalha e a levando para limpa-los.

Eles já estavam vestidos e prontos para sair quando Adrian colocou seus braços ao redor de Lewis e o puxou para si, abraçando o mais novo como se sua vida fosse resumida apenas àquele abraço.

- Obrigado, Lee - disse junto ao seu ouvido, antes de se afastar um pouco apenas para unir seus lábios logo em seguida.

O beijo não foi longo, mas foi o suficiente para que eles agüentassem as próximas horas em que fingiriam que nada mais eram que velhos amigos.

- Não por isso - Lewis colocou um sorriso enorme em seu rosto enquanto acariciava o rosto do namorado.

E então eles saíram, tão discretamente quanto entraram, e se juntaram cada um à sua equipe. Enquanto ocupassem seus cockpits, eles seriam rivais e lutariam na pista como tal se necessário, mas isso só duraria até a última vez em que cruzassem a linha de chegada de um GP. Depois eles voltariam a ser o que sempre haviam sido desde o início: Amantes. E ali eles se entendiam como ninguém.

Naquele sábado, entretanto, Lewis havia demorado um pouco mais com sua equipe depois do fim dos treinos de classificação, já que não havia conseguido uma boa posição no grid como era esperado. E ali, naquele dia, enquanto esperava que Lewis saísse da reunião, foi quando Adrian reparou nele.

Ele estava ali na sua frente, falando de suas impressões sobre a pista e da primeira vez que correra ali, gesticulava e sorria de tempo em tempo e passava várias vezes a mão pelos cabelos loiros. Cabelos loiros que deram a Adrian uma vontade absurda de puxá-los até colocar o outro contra a parede e beija-lo até que ele perdesse os sentidos.

Nico Rosberg realmente sabia como seduzir. E Adrian estava tão concentrado em ser seduzido que não reparou que Lewis caminhava até eles com a maior cara de poucos amigos da história.

Lewis não entendeu uma palavra do que eles falavam por eles conversarem em alemão, mas assim que os dois perceberam sua presença a conversa logo mudou para o inglês e eles voltaram a ficar sérios. Nico se despediu rapidamente de Lewis com aperto de mão e um aceno à Adrian e se afastou.

- O que foi isso aqui? - Lewis usou um tom baixo e ameaçador na pergunta.

- Uma conversa? - Adrian respondeu com outra pergunta, fazendo o namorado bufar e voltar a perguntar.

- E sobre o que vocês conversavam?

- Sobre a pista, sobre o treino, a qualificação... Qual o problema em conversar com um amigo, Lewis? - Adrian disse, não querendo que ele pensasse outra coisa.

- Queridinho, se você ficou com essa cara de bobo por uma conversa sobre a pista, a única coisa que eu posso pensar é que ela não era pelo assunto e sim pela companhia - Lewis deu um sorriso escarninho quando terminou.

- Você está insinuando o quê com isso? - Adrian continuava impassível.

- Eu não estou insinuando nada, estou dizendo claramente. Eu vi como você estava babando em cima do Nico - Adrian quase deixou escapar uma risada, mas conhecia o namorado e sabia que estaria correndo risco de morte se o fizesse. No entanto, apenas levantou uma das sobrancelhas.

- Você está com ciúme do Rosberg, Lee? - Lewis o olhou como se estive prestes a negar, mas acabou admitindo com os ombros quase caídos.

- Sim, eu estou. Quem não ficaria se encontrasse o namorado quase se jogando em cima de outro homem? - Adrian sorriu com as palavras do namorado, se aproximando o máximo que o local permitia a ambos ficarem próximos.

- Primeiro: eu não estava me jogando em cima dele, mas você também não pode negar que ele é um cara bonito e é difícil não ficar reparando - Lewis ia dizer alguma coisa parecendo realmente nervoso, mas Adrian o cortou, levantando a voz em um tom acima - Segundo: você não precisa ficar com ciúme, porque eu amo você e sou todo seu. Eu não trocaria você por ninguém.

Então Lewis sorriu, acreditando em cada palavra do namorado, mesmo que o ciúme ainda estivesse ali, camuflado pelas últimas palavras de seu Addy.

- Agora vamos embora que eu estou louco pra te beijar - Adrian completou e eles saíram para o hotel.

-x-

À noite Lewis teve que se juntar à Jenson e alguns outros membros da equipe no restaurante do hotel e deixar Adrian sozinho, não gostando nada da sensação de que Adrian não estaria realmente sozinho.

Mas essa sensação não impediu que seu coração desse um salto quando chegou ao restaurante e viu Adrian sentado em uma mesa afastada com Nico, trazendo de volta todo ciúme de mais cedo. E um pouco mais ao ver aquele sorriso lindo sendo mostrado sem qualquer reserva.

A declaração de Adrian voltou aos seus pensamentos - e Lewis continuou acreditando nelas - mas não podia evitar enquanto observava Nico destilando todo seu charme em cima do seu namorado.

Conhecia o alemão mais novo há algum tempo, e eles sempre haviam se dado bem, mas Lewis sabia o quão sedutor ele podia ser e sabia também, e principalmente, que ele sempre conseguia o que queria. E para o britânico estava claro o que Nico Rosberg queria naquele momento.

- Algum problema? - Andy Latham, o engenheiro e amigo, perguntou - Está tudo bem pra você?

- Pra mim está ótimo - Lewis respondeu, mesmo não tendo muita certeza do que havia sido dito. Ele saberia no próximo dia, de qualquer maneira.

O resto da noite passou sem mais conversas sérias, mas Lewis não tirou os olhos do namorado e seu sorriso encantado durante um segundo sequer.  Voltou para o quarto naquela noite com o semblante pesado de medo do quanto Adrian poderia se deixar levar. E minutos depois de fechar a porta atrás de si, ouviu as batidas insistentes pedindo passagem. Como se ele não fosse o deixar entrar.

- E aí? Como foi o jantar? - Adrian caminhou até a cama e se sentou. Lewis deu um sorriso irônico em sua direção e ficou de pé em frente ao namorado.

- Você é cínico ou o que? - Lewis riu da expressão confusa no rosto de Adrian e continuou - Para de falar como se eu não tivesse visto você jantando com Nico.

- Ah! Então você me viu jantando com Nico? Que coincidência essa. Eu realmente não achei que pudesse te encontrar no restaurante do hotel em que você está hospedado. Me perdoa Lewis, mesmo, eu não sabia o que estava fazendo.

- Cínico! - Lewis gritou, irritado, e abaixou a voz quando percebeu que não estava no apartamento de Adrian ou em sua casa - Eu vi como você estava se deixando seduzir. Eu vi como Nico te olhava como se quisesse te comer ali mesmo e que você parecia estar gostando.

- Deus, Lewis. De onde você tira essas coisas pra falar? A gente estava só conversando, não tem motivo pra...

- Para de fingir que não é verdade, Adrian - Lewis interrompeu - Para de tentar me fazer de idiota. Eu te conheço a tempo demais pra saber que você estava tão excitado com isso quanto Nico.

Adrian abaixou os ombros sabendo que seria perda de tempo insistir naquela discussão. Lewis estava certo no fim das contas... Ninguém o conhecia tão bem quanto ele.

- Ok, certo Lee. Eu admito... Tem alguma coisa no Nico que me atrai tanto que me deixa perdido. Aquele jeito dele tão sexual de andar, como se fosse uma presa se oferecendo ao predador, e aquele cabelo...

- Eu já entendi... - Lewis disse com a voz triste e uma expressão de decepção em seu rosto - Olha, eu vi como ele também olhava pra você e como ele também parecia bastante excitado com aquele jantar. Eu não vejo porque vocês...

- Pode ir parando, Lewis - foi a vez de Adrian interromper - Eu não vou deixar você. É você que eu amo, não ele... Entende isso, droga. Eu só... Eu... - Adrian demorou nessa parte, pensando em como dizer aquilo de um jeito apropriado.

E depois de alguns minutos o alemão percebeu, desolado, que não tinha como fazer aquilo parecer apropriado, porque não era. Mas ele tinha que ser sincero com Lewis e dizer o que estava sentindo e fazer a proposta que o vinha incomodando desde cedo.

- Eu não posso negar que eu o quero, Lee. Não posso. Mas eu não faria nada que magoasse você. Nunca. Eu não poderia - Adrian abaixou a cabeça quando Lewis começou a se afastar e o ouviu dizer...

- Eu não entendo você - Lewis começou, parado perto da porta - Mas eu não quero ficar no seu caminho. Eu não posso fazer nada pra te ajudar, Addy, mas eu quero que você faça o que eu sei que você quer fazer - Lewis abriu a porta e já estava quase do outro Lado quando ouviu a pergunta de Adrian.

- O que é isso, Lee? O que você está fazendo? - Lewis evitou o olhar do namorado ao responder.

- Eu estou dando um tempo nisso, em nós dois, um tempo pra você. Eu não quero que um dia você se arrependa de alguma coisa e me culpe por não ter aproveitado isso.

- Lewis, eu não quero fazer isso sem você. Se eu tiver que fazer isso, eu quero você ali comigo - Adrian deixou todo seu desespero transparecer em sua voz.

- Desculpa Adrian, eu não posso - Lewis deixou Adrian sozinho no quarto e saiu, um suspiro dolorido escapando de seus lábios enquanto entrava no elevador.

Adrian saiu para o próprio quarto pouco tempo depois, o arrependimento visível corroendo cada pedacinho dos seus pensamentos.

No seu quarto, depois de pensar em tudo que havia acontecido em apenas um dia, tentou ligar para Lewis para resolver as coisas, mas depois das primeiras duas tentativas, percebeu, na terceira, que ele havia desligado o telefone.

Jogou o celular em um canto, sem esperanças, e deitou. Tinha que dar um jeito de falar com Lewis bem cedo no outro dia, não ia conseguir correr as 56 voltas do circuito com aquele peso em sua consciência. Aliás, ele nem sabia se poderia levantar da cama no próximo dia de tão arrependido que estava.

Mas Adrian levantou. Os olhos fundos e abatidos o fizeram pedir o café em seu quarto, enquanto tentava disfarçar um pouco os sinais da péssima noite anterior. E tentava falar, ainda inutilmente, com Lewis.

Mas ele tinha uma prova para disputar ainda, e deveria deixar seus arrependimentos longe do seu cockpit.

Já no autódromo, as únicas vezes em que avistou Lewis não teve a oportunidade de se aproximar, mesmo que quase tenha enlouquecido em uma delas ao ver que Lewis olhava em sua direção com uma expressão indecifrável. E foi aquele olhar, que continha tudo menos indiferença, que o deu um pouco de entusiasmo para colocar seu carro na pista.

Um décimo primeiro lugar, entretanto, com todos aqueles imprevistos durante a prova, não foi um resultado bom. Ficar a um ponto da zona de pontuação era no mínimo frustrante.

Lewis, por sua vez, havia transformado toda a confusão que sentia em combustível, descontado toda sua frustração em seu carro e extravasando toda sua raiva na força com que apertava o volante. Conseguiu um impressionante segundo lugar depois de algumas brigas particulares em que havia apostado alto, e ganhado.

O sorriso do segundo pódio da temporada estava ali enquanto descia do carro, enquanto abraçava Jenson, enquanto cumprimentava Nico - mesmo que nessa parte suas memórias voltassem para os momentos do dia anterior. Era simplesmente impossível não retribuir o sorriso igualmente feliz do alemão, que o olhou um pouco mais que o necessário antes de balançar um pouco os cabelos e joga-los para trás em um movimento de cabeça.

E aquela foi a vez do britânico provar de todas as sensações que Adrian provara no dia anterior.

Aquele cabelo...

Enquanto se preparava para o pódio, Lewis reparava nos olhares furtivos de Nico e pensava em como seria bom ter aqueles cabelos presos entre seus dedos enquanto guiava aqueles lábios por todo seu corpo.

E, Deus, porque ele tinha que sorrir daquele jeito? Como se soubesse de cada pensamento que passava pela sua cabeça?

Mas então Lewis percebeu o que fazia e a imagem de um Adrian desolado lhe veio à cabeça. Ele provavelmente acabara de provar da mesma culpa que o namorado demonstrou durante toda a conversa do dia anterior. Mas pensamento foi o suficiente para a culpa desaparecer.

Ele não precisava se sentir culpado. Ele sabia que Adrian queria, que Nico queria, que, mesmo que sua consciência gritasse que aquilo não era a coisa certa a se fazer, ele também queria. Não havia motivos para culpa naquele momento.

E não havia tempo para aquela cara de bobo, ele percebeu quando sentiu um flash em seu rosto no momento em que observava Nico beber sua água e algumas gotas escorrerem pelo seu pescoço. Tentou disfarçar enquanto fechava novamente seu macacão e acertava o boné em sua cabeça, mas outro sorriso malicioso do amigo lhe mostrou que isso não era uma tarefa fácil.

Lewis liderou a caminhada até o pódio, temendo que se ficasse mais um pouco na presença daqueles cabelos molhados e sorriso mal-intencionado poderia fazer algo do qual realmente se arrependesse.

A cerimônia de entrega dos troféus pareceu demorar séculos, mas a euforia de estar ali de novo serviu para distrair momentaneamente Lewis de seus atuais problemas. Depois de alguns goles de champagne, entretanto, Lewis voltou a sentir todas as reações que Nico causara anteriormente, um pouco mais forte dessa vez. Ele amaldiçoou todas as gerações do infeliz que inventara a coletiva de imprensa após as provas tamanha era sua vontade de levar Nico para seu quarto naquele momento.

Mas ele se controlou quando saiu da sala de imprensa e não viu Adrian em lugar nenhum. Ele precisava acertar as coisas com Addy antes de fazer o que tinha em mente, e também deveria falar com Nico, outra coisa que ele não sabia como fazer.

E nem precisou fazer nada quando, enquanto caminhava até o estacionamento, o amigo o alcançou, passando a sua frente e falando em uma voz que apenas os dois escutassem...

- Te encontro no seu quarto, não demore.

Nico desapareceu no estacionamento sem que Lewis sequer percebesse, tão aturdido que estava com as palavras do amigo.

- Bastardo presunçoso - sussurrou baixo, sorrindo logo em seguida com a constatação de que um de seus problemas já havia se resolvido.

Voltou a caminhar até seu carro e sem que percebesse já havia chegado ao hotel. Já era quase noite e ele ainda não havia falado com Adrian... Um dia inteiro sem falar com Adrian e, pra completar, o alemão não estava no quarto.

Depois de tentar o celular do namorado algumas vezes, tendo todas as chamadas ignoradas, Lewis subiu mais alguns andares e parou na porta do próprio quarto. Se Nico estivesse ali como tinha dito, e ele sabia que o amigo era bem capaz de entrar ali por conta própria, ele teria que manda-lo embora. E a sensação não era nada agradável. Mas ele não faria nada sem seu Adrian ali, isso era uma certeza.

E com aquilo definido Lewis entrou em seu quarto, constatando o que já imaginava. Nico estava ali, e havia pedido o jantar. E não estava sozinho, ele sorriu ao ver Adrian deitado na cama assistindo a algum programa na televisão.

- Você ignorou minhas ligações? - caminhou até a cama e sentou ao lado de Adrian.

- Nada que você já não tenha feito comigo ontem... - o sorriso malicioso do seu Adrian o fez se sentir um pouco menos culpado.

- Addy... - se aproximou um pouco mais, passando a ponta dos dedos pelo rosto do namorado - Me perdoa por ontem. Eu ‘tava com tanto ciúmes de você que eu não consegui pensar em outra coisa.

Os dois ficaram se olhando por algum tempo até que Nico, que observava tudo com uma expressão serena e um quase sorriso no rosto, sentou na cama próximo a Adrian e fez sua melhor cara de tédio.

- Adrian, diz logo que sim. Nós temos coisas mais interessantes pra fazer hoje.

Adrian olhou para Nico um pouco confuso, mas logo entendeu o que ele dizia e se aproximou de Lewis, selando seus lábios rapidamente e sussurrando um ‘tudo bem, estou feliz que você queira isso agora’. Quando eles se separaram, Lewis não pode se impedir de olhar para Nico e dizer...

- Você realmente se acha muito bom, não é? - Adrian sorriu com as palavras do namorado, tentando se impedir de fazer o comentário que veio em sua cabeça.

- O quê? Não fui eu que fiz o jantar - Nico piscou para os dois e foi até o carrinho com a comida. - Mas acho que a gente podia comemorar antes, não?

Eles dividiram uma garrafa de champagne, a segunda de Lewis e Nico naquele dia, e assim como mais cedo no pódio, o efeito foi quase imediato no piloto inglês. Mas daquela vez ele estava com Adrian, e se sentia bem confortável para fazer o que queria.

Largando sua taça vazia no chão, Lewis se aproximou de Nico e o empurrou até que estivesse deitado por cima do loiro, que não esperou o próximo passo para tomar seus lábios em um beijo necessitado. As mãos de Lewis percorreram todo o corpo abaixo do seu até que conseguisse retirar a blusa do outro. Quando se afastou pra observar a visão do abdômen do amigo, foi agarrado por trás pelo namorado, que distribuía beijos pelo seu pescoço enquanto puxava sua camisa.

Nico observava, fascinado, a interação dos amigos à sua frente, mas ele não queria ser esquecido pelos dois. Sentando na cama, o loiro levou uma das mãos ao fecho da calça de Lewis ao mesmo tempo em que a outra foi para os cabelos de Adrian, puxando seu rosto até seus lábios se encontrarem em um beijo forte.

Enquanto mantinha os lábios do conterrâneo grudados ao seu, Nico abria o jeans de Lewis e o adentrava até alcançar o membro pulsante e o massagear por cima da boxer, fazendo Lewis ofegar com a testa apoiada em seu ombro. Aprofundou mais o beijo em Adrian quando sentiu duas mãos em seu traseiro e uma das pernas de Lewis entre as suas, pressionando seu membro.

Eles ficaram naquela posição por mais alguns minutos até que a necessidade por mais falasse mais alto e eles se separassem. Adrian, ainda grudado às costas de Lewis, começou a descer a calça do namorado junto com a boxer preta que ele usava enquanto Nico descia beijos pelo corpo do mesmo.

Enquanto observava a cena a sua frente, Adrian retirava a própria camisa e a bermuda que usava e logo em seguida terminava de tirar a calça de Lewis, que estava presa por seus joelhos pressionados no colchão. Em seguida, enquanto os ofegos do namorado ficavam cada vez mais altos, Adrian foi de joelhos até alcançar as costas de Nico e começou a desabotoar sua calça.

Lewis se afastou um pouco, puxando a calça de Nico e a jogando em qualquer lugar, e ficou ali parado, só observando o quanto era excitante ver o namorado passeando suas mãos pelo corpo do amigo enquanto mordia seu pescoço e ombro. E pensava que só os gemidos de Nico poderiam fazê-lo gozar.

Mas ele não queria que acabasse assim e logo deu um jeito de entrar na brincadeira, antes que se perdesse de novo. Apoiando uma das mãos no colchão, Lewis segurou o membro de Nico com a outra e guiou sua língua até a base, subindo lentamente até alcançar a ponta, onde chupou com certa força fazendo os gemidos se transformarem em quase gritos. Parou quando sentiu uma mão de Adrian em seu rosto e em seguida dois dedos do namorado sendo colocados em sua boca, e começou a chupá-los, passando a língua em volta e os preparando para o que eles iriam fazer em seguida.

E antes de voltar sua atenção ao membro necessitado à sua frente, Lewis observou enquanto um dedo de Adrian adentrava Nico, que jogou seu pescoço para trás com a invasão. Logo que o primeiro dedo já estava bem fundo, Adrian o movimentou algumas vezes e adicionou o segundo, fazendo Nico arfar e apertar suas mãos nos ombros de Lewis. Quando já estava se sentindo confortável o suficiente, Nico começou a se movimentar junto com Adrian e sentiu a boca de Lewis novamente em seu membro.

Nico ora arfava, ora gritava, ora simplesmente apertava seus dentes e se impedia de emitir algum som. A cena era extremamente excitante e estava levando Lewis à loucura, principalmente depois de ver Adrian substituir os dedos pelo membro já completamente duro.

Lewis sentiu, depois de alguns minutos naquela posição, Adrian colocar a mão em seu queixo e o puxar pra cima, beijando seus lábios por breves segundos e o empurrando no colchão para que Nico retribuísse o favor enquanto ele próprio tomava conta do membro do loiro.

Ao primeiro contato da boca de Nico com seu membro, Lewis achou que tinha atingido o ápice da excitação. Não era possível que o loiro fosse tão sensual daquele jeito. Simplesmente não era. E Lewis teve que fazer uma força absurda pra não gozar naquele momento, porque ainda tinha muito que aproveitar.

Adrian mantinha os olhos fechados, aproveitando a sensação do aperto de Nico ao redor de seu membro e dos gemidos altos dos dois homens à sua frente. Aquele som não podia ser mais estimulante aos seus ouvidos. Abrindo os olhos por alguns instantes, Adrian viu Lewis quase em seu limite e afastou Nico, o puxando pelos ombros com as mãos. Com algumas mordidas e beijos no pescoço alvo do loiro, saiu de dentro de Nico e o virou para si, o oferecendo ao namorado que ainda arfava deitado no colchão.

Com um sorriso no rosto, Nico empurrou Adrian no colchão e desceu alguns beijos pelo seu corpo antes de se concentrar no que iria fazer. Abocanhou o membro do outro alemão e levou uma mão ao seu traseiro, passeando um dedo por sua entrada e a pressionando.

A preparação não demorou muito, logo Nico já estava todo dentro de Adrian e começava a se mover lentamente, com uma mão de cada lado do corpo abaixo do seu. Sem esperar mais, Lewis se posicionava atrás de Nico e o penetrava de uma vez, sem qualquer cuidado, enquanto circulava a cintura do loiro com um braço e levava a outra mão até o membro abandonado de Adrian.

Os movimentos cadenciados ficavam cada vez mais rápidos e os gemidos cada vez mais altos, cada um perdido em suas próprias sensações. Lewis sabia que se abrisse os olhos e olhasse direto por cima dos ombros de Nico, a imagem de Adrian gemendo e se contorcendo o faria gozar instantaneamente, entretanto não conseguia resistir àqueles sons que entravam em seu ouvido e acabou encontrado os olhos do namorado fixos em seu rosto enquanto arfava e respirava com dificuldade.

Lewis foi o primeiro a gozar, apertando com mais força o braço ao redor de Nico e aumentando a velocidade de suas estocadas antes de se derramar dentro dele e cair no colchão, como se nunca mais fosse ser capaz de levantar novamente.

Adrian e Nico vieram poucos segundos depois, juntos, gemendo o nome um do outro e convulsionando seus corpos. Nico não conseguiu segurar seu peso com os braços e caiu por cima de Adrian, com o rosto enterrado em seu pescoço como se tivesse esquecido de respirar. E se pudesse, ele tinha certeza que se esqueceria.

E eles ficaram largados na cama até que o ar decidisse voltar aos seus pulmões, o que demorou algum tempo. Lewis já havia adormecido quando Adrian levantou e buscou uma toalha para dar um jeito neles até que tivessem em condições de tomar um banho. Depois ajeitou Lewis e Nico, já quase adormecido também, na cama e em questão de segundos já estava entregue ao sono.

O banho só veio no dia seguinte, quando eles se levantaram com o toque de um dos celulares que estavam jogados junto com as roupas em um canto no chão.

E ao olhar para Nico, já vestido e falando em alemão ao telefone que estava atrasado para o vôo de volta, Adrian se perguntou se eles fariam aquilo novamente. Ele definitivamente queria aquilo novamente. Mas como falar isso a Lewis sem correr o risco de perder tudo que já havia reconquistado?

Antes de pensar a respeito, entretanto, Adrian viu o namorado se aproximar de Nico, que guardava o celular no bolso, o prensar contra a parede bem a sua frente e o beijar lentamente.

- E então? A gente te vê daqui três semanas?

O sorriso no rosto dos três foi espontâneo e sincero. Eles fariam aquilo de novo, e mais quantas vezes eles puderem.

Afinal de contas, Lewis era um cara ciumento e não deixaria Nico Rosberg solto por muito tempo.

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