É incrível a facilidade de perdermo-nos numa cidade sem cheiros.
Sentei-me num banco luminoso perto de Shinjuku Station. O cansaço de quem passara dias inteiros caido na cama refletia-se nos grandes incompreensíveis painéis publicitários com o Jean Reno.
Levantei-me directo para um bar onde todos pareciam atónitos comigo.
Levanto-me da cama e decido passear-me por Shibuya. Na televisão está a dar um filme do Vincent Gallo, mas as legendas tornam-no numa experiência estranha. Acabo os restos do meu hambúrguer de dois dias, desligo a luz, fecho a porta e rodo a chave.