If you don't understand portuguese, don't even try to read this.
Título: Ultimate
Autora: Lunna
Censura: R-por conteúdo sobre drogas e abuso.
Shipper: Vários. Citações de Benji/Tony, pares slash e heteros.
Teaser: Eu já disse: se você quer se drogar, faça fora de casa e com responsabilidade. Eu não quero ter que cuidar de você como se você fosse uma criança. Eu já te instruí em tudo que eu pude pra não te acontecer o que aconteceu com o Tony, mas você não me escuta.
NOTA IMPORTANTE: Para entender o que acontece nessa fanfic é bom que você leia a songfic Walking On Broken Glass. Resumindo: Kathryn Lovato é filha do Tony Lovato, e mora com o Benji. Para entender melhor porque o Tony não está aqui nessa fic, leia a songfic. Tem pouca participação dos outros membros do Good Charlotte, sendo baseada praticamente em personagens originais, que surgiram única e exclusivamente da minha mente insana e cheia de vento. Qualquer semelhança com nomes e acontecimentos é mera coincidência.
Os: Hilary é sim a Hilary Duff. Goste ou não.
-Onde é que eu fui amarrar meu burro? -reclamou Benji entrando na mini van que Joel dirigia, onde encontravam-se Paul, Chris e Billy.
-Você deveria ter pensado nisso antes de trazer a coisinha pra sua casa. -resmungou Joel acelerando. Minutos depois estavam os cinco em uma delegacia perto de casa. E em um banco, seis jovens os esperavam, duas garotas e quatro garotos.
-Os senhores tem que assinar esse papel e mostrar o RG. -disse o policial olhando feio pros jovens algemados.
-Aqui...-disse Benji entregando o RG ao policial.
-Uhn, o senhor não é pai da garota. -disse o delegado.
-Eu já falei cinqüenta vezes que eu sou órfã. Meu pai morreu e minha mãe sumiu. Entendeu agora ou eu vou ter que desenhar? -gritou a garota que estava sentada. Tinha o cabelo castanho escuro, longo e liso, preso atrás em dois rabos de cavalo, um piercing no lábio inferior, de argola, e olhos extremamente azuis.
-Kathryn! Olha os modos! -disse Benji a olhando feio. -Desculpe senhor. Eu sou o tutor dela. O que ela disse é verdade. A mãe sumiu e o pai é falecido fazem dois anos.
-Certo. Está liberada então. -disse o policial. Alguns minutos mais tarde todos estavam no estacionamento da delegacia.
-Obrigado por tudo, policial Blake, desculpe o transtorno que eles causaram.-disse Paul apertando a mão do policial que se afastou.
-A culpa é toda do Marshall! -disse Mike, um garoto de cabelos pretos espetados, olhos castanhos, magrelo, com um piercing no meio do nariz, apontando o irmão g~emeo, que conseguia se diferenciar somente pelo cabelo, que tinha um meio moicano vermelho levantado, e um piercing de argola no meio do lábio.
-Eu não quero saber de quem é a culpa Michael. Entrem no carro, os dois. Logo. -disse Joel abrindo a porta da segunda mini van que estava na delegacia. Marshall e Michael entraram. -Paul, você e a Christine vem conosco?
-Vamos sim. Vem. -disse Paul puxando uma garota de cabelos castanho claros, na altura do ombro, preso em duas maria-chiquinhas, meio gordinha e jogando-a dentro do carro.
-Vem Adam. -resmungou Chris abrindo a porta da primeira mini van para que um garoto de cabelos verdes, levantados também num meio moicano e olhos azuis entrasse. A orelha tinha um megabel, e três brincos de argola em cada. Os olhos estavam delineados de preto e as unhas pintadas. Um pouco mais afastsdos, Billy e um garoto de cabelos pretos e liso, curto com a franja de lado jogada nos olhos conversavam alto, enquanto o garoto gesticulava:
-Mas pai, foi culpa do Mike e do Marshall! Eu só tive a infelicidade de estar junto!
-Eu não quero saber! Um mês!
-Mas pai...
-Entra logo no carro que sua mãe vai te matar! -disse Billy dirigindo-se ao carro, seguido de Josh.
-Wow...a barra pesou pro emo, hein? -resmungou Kathy de braços cruzados ao lado de Benji, que a olhava de soslaio.
-Só pra ele, Kathryn? -disse Benji.
-Ah, Benji, qualé? Nem foi tão grave...e além disso...
-Kathryn, eu não quero ouvir. Em casa a gente conversa. -disse Benji entrando na mini van.
Kathy saiu do banho com os cabelos molhados, uma camiseta larga e grande e uma bermuda larga, sentou-se no sofá, fitando Benji no sofá da frente, no lado oposto da sala grande. Benji soltou um suspiro, baixando lentamente a revista que lia ao notar a presença da garota ali. Fitou-a por um momento. Os olhos azuis, o piercing, adquirido quando fez quinze anos, presente dele, e o sorriso que ela lhe lançava no momento, até as piadinhas e o jeito de não se importar com nada era muito típico dos Lovato. Soltou mais um suspiro largando a revista na mesa de centro, indo até o bar e pegando pra si mesmo um copo de gin.
-Benji...-ouviu ela chamar baixinho, e, quando se deu conta ela estava ao seu lado. -Achei que você tinha parado de beber.
-Você me faz querer voltar. -resmungou ele.
-Benji, não foi tão ruim assim. Minha primeira passagem na delegacia. Tiraram até foto minha. -disse Kathy sentando-se no balcão do bar.
-Kathryn, ser presa não é legal! Você só tem 16 anos! E sabe porque você não teve que ficar lá? Porque você tava limpa!
-Claro, né? Tudo que a gente tinha a gente já tinha usado.
-Kathy...
-Era só um pouco de pó, nem baseado era. E eles nem viram nem nada, desconfiaram porque o Mike e o Marshall ficam idiotas quando a gente cheira, e...
-Kathy eu não quero saber! Eu não quero saber o que vocês usam, como usam, quando usam. Eu já disse: se você quer se drogar, faça fora de casa e com responsabilidade. Eu não quero ter que cuidar de você como se você fosse uma criança. Eu já te instruí em tudo que eu pude pra não te acontecer o que aconteceu com o Tony, mas você não me escuta. Você nunca me escuta porque você se acha auto-suficiente, né?
-Benji...eu sei...-disse Kathy descendo do balcão, revirando os olhos e bufando.
-Eu achei que te tirando de Blue Island eu ia conseguir fazer você criar um pouco de juízo, mas Lovato é tudo igual, em qualquer lugar do mundo, né?
-Benji, chega...-disse Kathy colocando a mão na cabeça e fechando os olhos.
-Por que? Falei alguma verdade...?
-Você falou dele. -e de repente o silêncio tomou conta da casa. -Eu vou deitar. Qual é o meu castigo?
-Eu não tenho como te castigar.
-Tá, boa noite. -disse ela subindo as escadas em direção ao seu quarto.
O dia amanheceu ensolarado. O dia perfeito para sair e aprontar alguma. Mas ele estava de castigo até os vinte e um anos. Ok, talvez só por um mês, mas já era o bastante parar fazê-lo perder as férias de verão que acabariam em...duas semanas? Injusto. Ele só teve a infelicidade de estar um pouco alto quando a polícia chegou na festa. Não tinha culpa que seus amigos lhe ofereceram drogas e eles resolveu usar (como nas milhares de vezes anteriores, mas ninguém precisaria saber disso. Adam estava sentado na frente do computador, entediado. Desligou, tirou os óculos de aros pretos e grossos, passou a mão nas têmporas e levantou-se descendo as escadas. Na mesa grande de vidro da sala, encontravam-se seu pai, Chris, e sua mãe, Lindsay.
-Bom dia. -resmungou baixinho.
-Bom dia. Está sóbrio? -pergunotu Chris sem tirar os olhos do jornal.
-Tô. -disse ele pegando uma panqueca.
-Ótimo. -disse Chris.
-Quer ovos, querido? -perguntou Lindsay o olhando.
-Não, obrigado. -respondeu Adam. -Pai, eu...
-Não. -disse Chris.
-Mas pai...
-Não.
-Mas..
-Não Adam. Um mês. -disse levantando-se da mesa.
-Mãe...-apelou Adam.
-Não Ad, dessa fez você irritou mesmo seu pai.
Josh caminhava de um lado para o outro na porta do escritório de seu pai, em casa.
-Josh, ele não vai te deixar sair. Você sabe. E mesmo que ele deixar, eu não deixo. -disse Linzi o olhando de braços cruzados, encostada na parede.
-Mãe, eu preciso sair. -implorou Josh, os olhos azuis, delineados de pretos cheios d’água, o cabelo preto caindo sobre os olhos. Vestia uma camiseta do Good Charlotte, a banda do pai. Talvez fazendo uma média, ganhasse alguma coisa. Billy abriu a porta e saiu do escritório.
-O que é? -perguntou.
-Posso sair? -pediu Josh.
-Acho que eu te coloquei de castigo na noite passada, certo? -disse Billy com uns papéis nas mãos.
-Eu posso cumprir o castigo em duas semanas, quando as aulas voltarem. Poxa, eu to de férias...-e começou a chorar. Billy revirou os olhos.
-De tudo que podia ter nascido, me nasceu um emo. Ta, Josh, em duas semanas você ta de castigo de novo. -disse Billy rindo quando Josh desceu as escadas correndo.
-Culpa dele.
-Dele pai.
-Dele.
-Dele.
-Cala a boca, Marsh!
-Cala a boca você, Mike! -e Joel só olhava, assim como Hilary, os gêmeos discutindo na mesa do café.
-Olha, de quem foi a culpa não é importante. O que eu quero é que vocês não se metam mais em encrenca. Poxa vida, vocês tem de tudo, não precisam fazer coisas perigosas. -disse Joel calmamente, comendo seu waffle.
-Mas a Kathy disse que não ia colar polícia. Que a festa era segura, que os Osbourne nunca tiveram problemas e tal...-disse Mike.
-A Kathy...-e Joel respirou fundo.-...vocês devem saber que a Kathy é o Tony de saias. Nada do que ela faz é seguro. Entenderam?
-A gente sabe. Mas ela é engraçada, e o Marshall gosta dela. -disse Mike rindo e levou um peteleco na cabeça.
-Meu Deus, será que é karma os Madden e os Lovato se apaixonarem? -disse Hilary rindo.
-Como assim? -perguntaram os gêmeos ao mesmo tempo. Joel lançou um olhar a Hilary, que voltou a comer quieta.
-Nada meninos. Sua mãe estava brincando. -disse Joel.
Pauline fechou a porta de seu quarto, bloqueando os gritos de Christine, sua irmã mais nova e Paul, seu pai, que vinham da sala. Encostou-se de costas na porta e riu. Riu alto. Olhou em volta de seu quarto decorado de branco e rosa, e caminhou até a penteadeira, pegou uma escova, e, olhando-se no espelho, penteou calmamente seus longos fios loiros. Seus olhos castanho-claros brilhando com a luz. Os lábios grossos reluziam com o gloss rosa claro. Vestia uma blusinha regata justa, vermelha, uma saia jeans curta e justa, e uma sandália de salto. Tinha o corpo perfeito, o sorriso perfeito. Um ar inocente que fazia qualquer pessoa em sua saúde mental derreter com um simples sorriso seu. No entanto, não tinha uma personalidade que condizia com seu rosto, com suas feições meigas e agradáveis. Era uma garota de gosto caro, comprava nas melhores lojas de Washington, tinha descontos nas melhores grifes, e era praticamente caçada para usar as roupas caras. Sentou-se na cama depois de pentear o cabelo e sorriu ao lembrar-se da noite passada...
“Um carro grande e preto parou em frente a uma mansão de esquina um pouco longe de casa. O vidro do passageiro abriu-se vagarosamente, e Pauline colocou a cabeça para fora.
-Aquela é a mini van do Joel.
-E o que tem? -perguntou uma garota de cabelos pretos e olhos verdes que dirigia o carro.
-Se os gêmeos estão aí, isso significa que minha irmã também está.
-Isso é bom ou ruim?
-Vamos investigar. -disse Pauline saindo do carro, sendo seguida por Lara, sua amiga. Entraram facilmente na festa, recebendo olhares estranhos de todos os presentes. Não demorou muito para que Pauline encontrasse o que procurava. Ela. Kathryn Lovato, encontrava-se no meio de uma roda em que somente ela e Chris eram garotas. E, olhando mais de perto, viu os olhares desejosos dos garotos pra cima dela. E viu quando Josh, o garoto emo da turma tirou do bolso um pacote com um pó branco. Cocaína. Ela sabia. Tinha certeza que a irmã estava se drogando com esse pessoal. Esperou até todos sumirem para dentro da casa, e até voltarem para fora, completamente alterados. Pegou o celular e foi saindo da festa, discando 911.
-Paulie, o que você vai fazer? -perguntou Lara assustada.
-O que eu já deveria ter feito há muito tempo. Chamar a polícia.
Paulie pode observar de entro do carro quando a polícia chegou na festa e prendeu os seis.
-Podemos ir agora Lara. -disse sorrindo maliciosamente.”
A porta e seu quarto abriu-se abruptamente e Christine colocou a cabeça para dentro:
-O pai ta te chamando. Parece que chegou alguma coisa pra você. -e fechou a porta violentamente. Pauline desceu as escadas, recebeu sua encomenda e estava na mesa da sala abrindo, quando Paul se aproximou:
-O que é isso?
-Uma jaqueta italiana que eu comprei pela internet. -respondeu pegando a jaqueta e abrindo-a. -Não é linda?
-Linda mesmo. -disse Paul calmamente olhando a filha.
-E aí? Ta tudo bem com a Chris? -perguntou ela inocentemente.
-Sim, está tudo bem.
-Ela está de castigo, né?
-Não. São mais duas semanas de férias. Não é como se eu não soubesse que ela usava. Mas ela me jurou que são raras as vezes. Eu vou dar crédito pra ela mais uma vez. -disse saindo. O sorriso que Paulie segurava no rosto esvaiu-se.
-Droga! -resmungou subindo para o quarto novamente.
Kathy terminou seu cereal, jogou a vasilha na pia e caminhou até a sala. Benji já estava de pé, ouvindo música, deitado no tapete. Kathy sentou-se ao lado dele.
-Então...
-Então...-repetiu ele.
-Estamos bem?
-Estamos. Mas, da próxima vez, eu te mando de volta pra Blue Island.
-Feito! -disse ela jogando-se sobre ele e o abraçando.
-Ai! Kathy! Você é magrela mas pesa! -riu Benji.
-Bobo! -disse ela dando-lhe um soquinho no ombro.-Tô saindo, ok?
-Ok. Se for dormir fora avisa, e leve a sua chave.
-Beleeeeeeeza! -exclamou ela saindo.
Benji ficou deitado. Ouviu quando ela gritou tchau e fechou a porta atrás de si. E sorriu. Era bom ter ela por perto. Mesmo que de vez em quando sentisse vontade de dar-lhe um chute e mandá-la pro espaço.
Kathy ligou para todos que precisava, no meio do caminho. Estava sentada na mesa no Burguer King, esperando ansiosa que os outros chegassem. Demorou pouco parar que os gêmeos adentrassem o Burguer King, pra variar, discutindo.
-Oi Kathy! -exclamaram ao se aproximarem da mesa onde ela estava.
-Olá! -sorriu ela- Cadê os outros?
-Foram ajudar o Adam. O Chris colocou ele de castigo. Ele vai ter que pular a janela. -disse Marshall.
-Que beleza, hein? -exclamou Kathy guardando o discman.
-A gente vai comer antes de sair, né? -perguntou Michael sentando-se ao lado de Kathy.
-Sei lá, eu não to com fome, não. -disse Kathy.
-Nem eu. -disse Marshall.
-Ok, eu vou buscar meu lanche! -disse Mike levantando-se e indo para a fila. Marshall olhou para Kathy e sorriu. Ela estava tendo problemas com o fio do fone do discman e a mochila.
-Grrrrr....-grunhiu ela enfiando tudo na mochila de qualquer jeito e a fechando. Marshall apenas a olhava sorrindo. -O que? -perguntou ela intrigada.
-Você é muito atrapalhada.
-Ah, vai se ferrar, Marshall! -respondeu ela rindo. Um murmúrio vindo da porta chamou a atenção de ambos. Chris, Adam e Josh vinham entrando rápido e rindo muito.
-Ele teve que fugir! Por pouco o pai dele não pegou a gente. -disse Josh sentando-se ao lado de Marshall.
-Dá licença...-pediu Mike sentando-se ao lado de Kathy com seu lanche. Os outros dois ficaram em pé ao lado da mesa conversando e roubando batatas de Mike.
-Tá, e aí, o que a gente vai fazer e aonde? -perguntou Christine.
-Lá em casa hoje é meio complicado. -disse Mike.
-O Benji também vai ficar bolado se a gente for pra lá. -disse Kathy.
-Meus pais estão em casa também. -disse Josh.
-Legal, a gente não tem pra onde ir. -disse Adam.
-E se...-começou Kathy mas parou pensativa.
-O que, Kathy? -perguntou Josh.
-Eu tenho uma casa, sabe...Meu pai comprou pouco antes de morrer. É meio afastada da civilização, e fazem uns 3 anos que ninguém pisa lá, eu não tenho idéia do estado que ela está. Além disso, eu não tenho a chave. -disse Kathy.
-Como assim? -perguntou Chris.
-Bom, o Benji tem a chave. E eu sei qual é e aonde está. -disse Kathy
-Mas a casa não é sua? Pega a chave com ele e vam’bora! -disse Adam.
-Ele não vai me dar. -riu-se Kathy. -Ele disse que eu só toco no que é meu depois dos dezoito. Eu ainda tenho dezesseis.
-Mas se você sabe onde a chave ta, e como ela é, nada impede que você a pegue, certo? -disse Mike terminando seu lanche.
-É, mas ele vai notar que eu peguei, ele vai dar falta. -disse Kathy. Marshall inclinou-se na mesa com um sorrisinho malicioso:
-Você sabia que existem uns caras chamados chaveiros? Eles fazem cópias da chaves. -Kathy retribuiu o sorriso.
-Eu não sei por que eu não pensei nisso antes.