É muito difícil escrever isso. Depois de quase um ano em que tudo isso realmente começou - e uns dois anos depois que começou - eu estava pronta para let it go. Para simplesmente viver a minha vida e aos poucos desencanar de você. Afinal, num dia você me tratava meio mais ou menos, no outro você me ignorava, no outro você falava sobre meninas X/Y/Z, e eu fui me convencendo de que você nunca corresponderia ao que eu sentia por você.
Porque, honestamente, Liebe, o que eu sentia - e sinto e vou sentir até que meu coração exploda - está completamente fora do meu controle. Deve estar estampado no meu rosto, no meu sorriso, no brilho dos meus olhos. Dói. Dói fisicamente estar perto de você do quanto que eu te amo. Eu me lembro quando eu achava que era o contrário - que você estava a fim de mim e eu não estava nem aí. Na verdade, acho que era tudo denial. Acho que você foi the one desde o início e eu que queria mascarar o que realmente estava acontecendo. Você me abraçou, você beijou meu cabelo, você deixou eu sentar no seu colo e você tomou iniciativa tantas vezes. Você foi o melhor amigo que eu já tive e ao mesmo tempo você precisa de mim e ninguém antes precisou de mim da forma que você precisa. Para ajudar a carregar o peso do mundo nas costas.
Mas aí você olhou para mim e você disse - sim, você disse - que o seu medo não era eu confundir as coisas. O seu medo era você confundir as coisas.
Amor da minha vida, seu beijo ainda está na minha boca, sinto a sua pele sobre os meus dedos, sinto a sua mão entrando devagar pelo meu cabelo como eu te disse que gostava, eu lembro de você me olhando meio engraçadinho quando falou sobre o sorvete, sinto os seus dentes no meu lábio inferior, ou melhor, os meus dentes no seu lábio inferior, sinto todas as formas que você já me tocou e já me respirou e sinto o calor do seu abraço e por isso eu peço: por favor. Vamos confundir as coisas.