“Ruki está onde?” Aoi perguntou, surpreso, pulando do sofá e esquecendo do seu desconforto por alguns momentos.
“No hospital.” Uruha respondeu concisamente do quarto, vestindo uma roupa para sair.
“Essa parte eu entendi, mas por quê?” A voz de Aoi subiu um tom. Será que Ruki havia sofrido algum acidente? Por que mais estaria em um hospital? Mas Uruha não parecia estar preocupado, então não devia ser nada grave. Ele só estava mais apressado que sempre ao se vestir.
“Calma, Aoi-kun. Tem algo errado com as cordas vocais dele, é por isso que ele mudou tanto de atitude ultimamente, e como ele só estava piorando o Reita resolveu arrasta-lo para um médico.”
“A turnê...” Aoi começou a falar, finalmente percebendo por que Ruki andava tão irritado.
“Eles ainda não prescreveram um tratamento. Nós vamos encontrar o Kai lá, ele vai te explicar melhor.” Aoi reparou como Uruha estava mais cauteloso com as palavras, como se não se sentisse seguro o suficiente para conversar com ele como sempre, e isso não era típico do Uruha que Aoi conhecia, e nem combinava com o relacionamento que eles tinham. O moreno entregou a jaqueta de Uruha sem dizer uma palavra, e vestiu a sua, ao observar que o tempo estava mudando e ameaçava chover lá fora.
O constrangimento entre os dois ficou ainda mais evidente quando eles entraram no carro. Aoi dirigia silencioso, o ar entre eles tenso e incerto. O moreno observou de esguelha como Uruha mantinha o olhar fixo do lado de fora do carro, as mãos juntas em seu colo.
Aoi decidiu que detestava quando Uruha não era ele mesmo; ainda que a definição “ser ele mesmo” não se encaixasse no conceito de “normal”, ele definitivamente preferia as doideiras imprevisíveis do loiro a essa aura silenciosa e incerta que os rodeava agora. Se ele soubesse que isso iria acontecer, ele jamais teria tocado o loiro daquela forma... E mesmo enquanto pensava assim, ele ainda sentia a doçura dos lábios de Uruha contra os seus, sentia aquele corpo flexível contra seu próprio corpo, e seus movimentos foram tão certos enquanto eles se tocavam, um pouco ingênuos talvez, mas era o esperado ao explorar um território desconhecido. E então, foi só aquele maldito telefone tocar para que aquele pequeno momento evaporasse no ar em um piscar de olhos. Uruha estivera tão perto dele, e agora estava a mundos de distância... Mesmo permanecendo sentado no banco ao lado.
Aoi sentiu uma irritação repentina crescer em sua mente, e pisou fundo no acelerador, disparando pelo sinal que acabava de fechar à sua frente e recebendo buzinadas indignadas dos carros que ficaram para trás.
“Tentando ganhar uma multa?” Uruha perguntou suavemente, as mãos crispadas agarrando o assento que ocupava. “Acho que você é ainda pior que eu no volante.” Aoi simplesmente bufou e continuou olhando à frente sem piscar, pisando firme no acelerador. “Não vai adiantar nada se chegarmos ao setor de emergências numa ambulância, Aoi-kun”. O loiro avisou secamente. “A gente já tem o Ruki com quem se preocupar.” Aoi suspirou e foi diminuindo a velocidade aos poucos, ainda sem olhar para o outro. “Você vive dizendo que eu sou mimado, mas pelo menos eu não tenho esses ataques do nada.” O tom do loiro não era de provocação ou irritação, apenas distante e cansado.
“Então não seja tão frio assim comigo.” Aoi respondeu, sabendo que não era exatamente o melhor momento para discutir isso.
“Eu não estou sendo ‘frio’ com você. Por que essa irritação toda? Eu estou cansado, Aoi-kun, e sei que você também está. Você está surtado, e pessoas delirantes são companhias muito chatas, se quer saber.”
“E pare de agir como se nada tivesse acontecido.” O moreno replicou bruscamente, estacionando o carro na área reservada do hospital, sem paciência para lidar com os procedimentos do estacionamento. Ele desligou o carro e ficou ali, olhando fixamente o espaço vazio à sua frente, ouvindo o cricilar dos grilos. Tudo estava absolutamente quieto àquela hora da madrugada, e a escuridão parecia oca ao seu redor.
“Acho que algo deve ter acontecido, para você estar nervoso assim, não?” Uruha murmurou, recostando-se no banco e lançando um olhar interrogativo ao moreno, que ainda conseguia vê-lo na semi-escuridão.
“Você tem resposta pra tudo” A voz de Aoi expressava sua indignação, mas ele não sabia exatamente por que estava tão agitado. Talvez ele precisasse de algum tipo de confirmação do loiro, que sim, aquilo era verdade e havia acontecido realmente, eles haviam... se tocado, tão intimamente... se beijado... tão sensualmente. A lembrança fez arrepios percorrerem sua espinha, mas Aoi os ignorou e continuou a encarar Uruha. O loiro não era mais uma das garotas sem importância com quem ele tinha seus casos às vezes. Ele era um homem, com uma mente afiada e um senso de humor estranho, era seu amigo, e apesar disso Aoi gostara de tê-lo nos braços e beijá-lo daquela forma, e pensar nisso fazia o moreno sentir-se ainda pior.
“Olha, eu não sabia...” Uruha começou a dizer, mas parou, virando o rosto, evitando olhá-lo enquanto tentava encontrar palavras para expressar o que queria, mas pareceu desistir e suspirou. “Nós precisamos entrar.” Disse abruptamente, abrindo a porta e deixando o veículo. Aoi o seguiu sem uma palavra. Então era tudo? Uruha queria deixar as coisas no ar, assim? Ele sabia que agora não era hora para filosofar sobre o que ele e Uruha sentiam. Ele deveria se preocupar com seu outro amigo, que agora estava em um hospital, mas Aoi se sentia tão perdido no meio disso tudo, e aquela noite parecia surreal demais com toda essa seqüência de acontecimentos.
Ao entrar no prédio, o cheiro de esterilização e desinfetante o atingiu em cheio, e Aoi fez uma careta. Ele sempre detestara hospitais, doenças e cheiro de remédios. Aquele era um lugar onde as pessoas iam para se curar ou para morrer... Uruha estava alguns passos à sua frente, e Aoi assinou rapidamente a lista de freqüência e o seguiu para o quarto onde os outros estavam. Kai os encontrou na porta, explicando que o médico estava conversando com Ruki naquele momento.
“Então, o que exatamente aconteceu com ele?” Aoi perguntou imediatamente, deixando a confusão e a irritação que sentia pelo que se passara entre ele e o loiro de lado, por enquanto.
“Ele tem úlceras de contato nas cordas vocais, por forçá-las demais. Não é muito comum, mesmo entre cantores. Reita disse que quando eles chegaram na casa do Ruki ele reclamou que a garganta estava doendo muito, estava bastante rouco e tinha que parar a todo momento porque não agüentava falar muito. Então Reita o pressionou um pouco e descobriu que ele já está assim há algumas semanas.”
“Eu não reparei nada de errado com ele.” Uruha comentou.
“Eu acho que foi por isso que ele andou faltando tanto nos últimos ensaios. Ele não queria que a gente descobrisse e estava preocupado, achando que não ia melhorar até o início da turnê. E pelo que o médico disse, leva algumas semanas até a recuperação total.” Aoi balançou a cabeça enquanto Kai explicava o que havia acontecido. “Se o Ruki preferir, pode fazer uma operação, mas então ele precisará de mais tempo ainda para melhorar... De qualquer jeito, a gente não tem muita escolha...” Kai concluiu baixinho, olhando por sobre o ombro para a fresta da porta atrás de si, por onde podiam entreouvir o médico conversar com Ruki.
“Pelo menos não é tão grave assim”, Uruha comentou baixinho, observando o médico sair do quarto, sorrindo gentilmente ao passar por eles. Aoi foi o primeiro a entrar. Ruki estava sentado em uma maca, falando com Reita, que ocupava a única cadeira que havia no consultório além da poltrona do médico. Quando todos entraram, Ruki os encarou e sorriu, sem graça.
“Valeu por quase nos matar do coração, tampinha.” Uruha provocou, sentando-se ao lado do vocalista na maca.
“Não enche o saco, Uru-kun.” Ruki respondeu, bem-humorado, com uma voz rascante e baixa, erguendo uma das mãos para massagear um lado do pescoço enquanto falava.
“Não force a voz.” Reita o repreendeu, gentilmente. Ruki acenou com a cabeça e engoliu em seco, parecendo ter dificuldade em fazê-lo.
Ele aceitou mansamente o copo d’água que Reita lhe ofereceu. Uruha sorriu ao notar o cuidado do baixista com o pequeno, e Aoi imaginou ver um brilho triste em seu olhar.
“Piorou hoje do nada.” Ruki sussurrou com dificuldade, tentando não abusar da voz mais que o necessário.
“Você devia ter nos contado”, disse Aoi, fingindo estar bravo. “Foi o que eu disse para ele.” Kai exclamou. “Está vendo, Ruki, estão todos preocupados com você. Que mal havia em falar com a gente, ao invés de ficar aí, sofrendo quieto?”
“Eu não queria...” Ruki parou e tomou um gole d’água antes de continuar “...preocupar vocês. Nós nunca tivemos que cancelar um show.”
“Acho que vamos precisar fazer isso até você melhorar, Ruki-kun. Você não pode abusar, a não ser que prefira operar as cordas vocais.” Reita disse, gentilmente.
“E de qualquer jeito, vamos ter que cancelar mesmo, Ruki-kun.” Kai terminou antes que Reita tivesse chance. Ruki baixou os olhos e encarou o chão, parecendo devastado. “Eu desapontei vocês. Essa maldita rouquidão...” Ruki parou no meio da frase, fazendo uma careta ao sentir a garganta doer.
“Ruki-kun, pode parar com a auto-piedade. O expert nisso aqui sou eu, então desiste.” Uruha comentou, fazendo Ruki dar um sorriso estranho em meio às caretas. “Se for preciso cancelar a turnê, é claro que vamos fazer isso. Somos leais aos nossos fãs, mas não podemos arriscar nossa saúde só por causa de um ou outro show”.
“Uma turnê completa”, Ruki corrigiu, desanimado.
“Os fãs não vão desistir da banda por causa disso, Ruki-kun.” Aoi assegurou. “Eles vão entender. Além do mais, talvez a gente precise de um descanso, mesmo. Seria ótimo depois de passar tanto tempo trabalhando feito uns loucos.”
“Estávamos trabalhando feito loucos por causa da turnê, Aoi-kun.” Reita respondeu baixinho.
“Ruki, nós podemos continuar de onde paramos quando você melhorar. Não gosto muito da idéia da cirurgia, porque depois você ainda precisaria de terapia até voltar ao normal, se é que iria voltar ao normal. Vai levar umas seis semanas pra você se recuperar.” Kai explicou, prestativo. “Não é tanto tempo assim. O Aoi está certo, seria bom tirarmos umas férias mesmo. Tenho certeza que quando voltarmos a trabalhar, estaremos ainda mais motivados, esforçados e determinados que antes.” Ruki ficou em silêncio por um instante, parecendo considerar o que estava sendo proposto.
“Eu não sou o líder... não posso dizer o que todos devem ou não fazer.”
“Mas você pode opinar, e além do mais não temos outra alternativa, a não ser que você queira acabar com a sua voz.” Kai advertiu, e Ruki se encolheu ao ouvir as últimas palavras. A voz era tudo para ele. Sem ela, sabia que não era nada, e ele não podia abrir mão de algo tão precioso assim. Mesmo que isso significasse cancelar tudo e ficar em repouso por quanto tempo fosse necessário, deixando todo o resto para depois. Ruki permaneceu em silêncio, relutando em admitir que era o melhor a fazer. Essa atitude teimosa nunca deixava de surgir nas situações mais críticas.
“Quem cala, consente.” Reita concluiu, tomando o copinho vazio das mãos de Ruki e colocando-o sobre a mesinha ao lado.
“É a melhor coisa a fazer, Ruki-kun. Você sabe disso. Desfaça essa cara de cão sem dono.” Kai brincou, debochando da expressão desapontada no rosto de Ruki.
“Eu não sei como vou agüentar ficar sem voz e com essa dor horrível na garganta por semanas.” Ruki sussurrou.
“Tenho certeza que o médico vai receitar algum analgésico para nós... digo, para você, Ruki.” Reita afirmou serenamente, parecendo embaraçado ao se corrigir no meio da frase.“E daqui a alguns dias vai melhorar um pouco.” Ele terminou, recebendo um sorriso fraco de Ruki. “Então não se preocupe, porque você vai ter a sua voz de volta logo.”
“De minha parte, estou feliz por ter uma folga.” Kai disse, bocejando espalhafatosamente e olhando o relógio. “São três da manhã. Você não podia ter esperado amanhecer para ligar para a gente, Reita-kun?”
“Ei, a coisa só começou a piorar faz algumas horas, e ele encheu meu saco para vir.” Ruki protestou.
“Se eu não te arrastasse você estaria morrendo em casa até agora. Eu quase tive que amarrá-lo para vir”. Reita pirraçou de volta, recebendo um tapa no braço como resposta.
“Bom, se estão todos bem, acho que vou para casa descansar, porque eu já estou quase dormindo em pé aqui.” Kai disse, fazendo com que os dois parassem a briga imediatamente para encará-lo.
“Então acho que também vamos.” Aoi concordou, olhando para Uruha, que mantinha os olhos fixos em Kai, sem ao menos piscar.
“Ok, então vamos todos para nossas casas. E você, Reita-kun?” Kai perguntou ao baixista, que apenas balançou a cabeça.
“Eu vou ficar e cuidar que ele chegue em casa inteiro e tome os remédios direito. Você sabe que se ele não tiver alguém por perto, forçando, ele não faz nada.”
“Ru-kun, seja um bom menino e tome seus remédios” Uruha disse, passando a mão sobre os ombros do menor e abraçando-o. Ruki fez uma careta de desgosto.
“Ok, ok, não precisa ficar me agarrando por isso.” Satisfeito com a resposta, Uruha levantou e saiu, ainda evitando Aoi, trocando somente um olhar de esguelha com o moreno ao caminhar até a porta.
“É, Ruki, por favor obedeça ao Reita e se cuide direito se quiser voltar a cantar. E você está proibido de me ligar pra dizer que está entediado e quer alguma coisa em que trabalhar.” Kai dise, dando um aceno rápido antes de seguir Uruha e sair do quarto.
“Acho que essa é a minha deixa.” Aoi disse, simplesmente, e se virou para sair.
“Mas você não vai me dar nenhum conselho também?” Ruki brincou, a voz rouca, mas ainda assim risonha.
“Uhm, só se cuide, e qualquer coisa pode ligar para a gente. Tenho certeza que o Kai vai cuidar de cancelar a turnê e conversar com o nosso empresário e tudo o mais. Você só tem que ficar em repouso e se tratar direito para nós podermos voltar a trabalhar logo.” Ruki lhe deu um sorriso, e Aoi finalmente saiu, fechando cuidadosamente a porta atrás de si, e praticamente correu por aqueles corredores aflitivamente brancos, desesperado para sair logo daquele lugar. Ele jamais permaneceria em um hospital por mais tempo que o estritamente necessário.
Ao sair, viu Uruha encostado à porta do carro, os braços cruzados sobre o peito, observando o moreno se aproximar. Em silêncio, Aoi abriu o carro e segurou a porta para que o loiro pudesse entrar.O moreno sabia que Uruha gostava que ele fizesse isso, mesmo sendo algo que um homem faria apenas para uma garota. Uruha havia confessado uma vez que amava quando Aoi segurava as portas para que ele passasse. Era um ato perfeitamente cavalheiresco, e agora ele entendia por que as garotas gostavam tanto disso.
Desde então Aoi resolvera fazer essa pequena gentileza todas as vezes, apenas para ver Uruha sorrir. O motivo por trás de sua ação continuava o mesmo, porém hoje uma sensação estranha pairava entre os dois, como se os pequenos hábitos e rituais compartilhados tivessem sido limitados agora que eles tiveram um contato tão íntimo, além do que o relacionamento platônico entre eles deveria permitir.
Tudo ficou ainda pior ao chegarem em casa e se arrumarem para dormir, ambos parados ao lado da cama, desajeitados e inseguros, olhando para os travesseiros como se uma cascavel estivesse ali, pronta a atacá-los.
“Eu durmo no sofá.” Aoi disse, de repente.
“Deixa de ser burro, é a sua cama.” Ficaram em silêncio por mais alguns momentos, até que Uruha resolveu se mexer e começou a afastar as cobertas e afofar os travesseiros, como fazia todas as noites. Esse era outro dos “rituais” que eles haviam estabelecido, mas agora alguma coisa não se encaixava mais, porque por algum motivo Uruha ainda estava evitando o assunto e Aoi não queria ter que discutir tudo de novo. E se o loiro quisesse fingir que nada havia acontecido e tentar esquecer tudo? Aoi não sabia o que pensar. Mas estava certo que essa não era a melhor solução.
Uruha subiu a cama e alisou o lado de Aoi, dirigindo a ele um olhar cheio de expectativa. Hesitante, o moreno sentou-se na ponta da cama. Era a primeira noite de novo, a estranheza que sentiu ao dormir na mesma cama que Uruha, só que desta vez era diferente porque agora eles se conheciam melhor... bem melhor. Ele se perguntou se o outro guitarrista se sentia da mesma forma. Silenciosamente, Uruha puxou os lençóis e cobriu a ambos, e então virou-se para a parede, dando as costas a Aoi. Aoi olhou as costas do loiro, sentindo-se magoado, mas estranhamente aliviado ao mesmo tempo.
Normalmente Uruha se aconchegaria a ele e dormiria ali, encostado ao seu peito. Mas se ele tivesse feito isso hoje... Aoi não tinha certeza de como reagiria. Ele deixou a luz acesa e virou-se para o outro lado, olhando o relógio que ele havia estrategicamente afastado de Uruha depois do incidente da primeira noite. O loiro fazia parte de sua vida, agora ele tinha certeza. Ele tinha mudado seus próprios hábitos e manias para se ajustar às peculiaridades de Uruha, só porque o loiro havia reduzido o próprio apartamento a cinzas. Foi por um descuido bobo, mas desencadeou uma série de eventos que culminou com aquele beijo, e com o silêncio entre eles agora, e Aoi estava confuso e inseguro. Se pudesse escolher, ele não queria que nada disso tivesse acontecido, mas por um capricho do destino as coisas acabaram assim. Nada mais fazia sentido em sua vida. E agora ele só rezava para que aquele silêncio não pairasse entre eles para sempre...
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Bom , agradecimentos a Banana por ter sido tão legal e ter traduzido esse capítulo LOL Banana,o que seria de mim sem você :O Obrigada ;)
Como prometido, ainda é fds xD
Bjs