1º fic saindo!!!!
Eu não sirvo pra isso...
Titulo: Algo naqueles olhos
Beta: Ci-Chan
Fandom: House
Pares: House/Wilson
Classificação: hum... sei lá... PG? PG-13? Só sei que não é NC-17. Já ajuda...
Disclaimer: Não, nada me pertence (infelizmente...)
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Algo naqueles olhos castanhos estava diferente. Algo mudou. E House precisava saber o que era. Wilson estava agindo estranhamente com ele nos últimos dias, precisamente nas duas ultimas semanas. Precisava resolver esse mistério porque, ele tinha certeza, não tinha feito nada de errado, nada que ele não fazia sempre. Era estranho ver Wilson tão distante. House se sentia... ressentido ao pensar que Wilson o estava ignorando. E ressentimento era uma das muitas coisas que não gostava de sentir.
Ele precisava fazer alguma coisa, e precisava fazer imediatamente. Com isso, House se levantou da cadeira em seu escritório e foi na direção do escritório de Wilson.
Algo naqueles olhos azuis o fazia sentir-se diferente. Algo dentro dele mudou. Wilson tentou desesperadamente evitar os pensamentos que surgiam em sua mente, mas falhou. Agora o melhor a fazer era evitar o máximo que pudesse aqueles olhos azuis.
Wilson tentou negar, mas só restou aceitar que não tinha nada que ele podia fazer. Tinha se apaixonado por seu melhor amigo. Ele podia ignorar House o resto da vida, mas ignorá-lo nas duas ultimas semanas já tinha sido insuportável. E isso definitivamente não podia estar acontecendo. Ele já tinha tido três esposas, e agora se apaixonar por House? Como era possível essa mudança tão drástica? Wilson decidiu parar de pensar nisso, ele daria um jeito depois, bem depois.
“E aí?” Wilson nem precisou olhar pra ver quem estava invadindo seu escritório. O ato de invadir era auto-explicativo.
“O que você quer House?”, Disse sem nem olhar para o amigo.
“Nada. Só te perturbar um pouco, como sempre.” A franqueza era uma qualidade admirável, se não fosse tão inconveniente.
“Bom, agora que já fez o que tinha que fazer pode ir, estou ocupado.” House ficou lá parado estudando seu amigo. Wilson nem quis olhar pra ele, já estava se cansando disso.
“Olhe pra mim, Wilson.” Wilson ficou surpreso com o tom de apreensão na voz de House e olhou para o homem a sua frente, com medo que seus olhos o traíssem e revelassem tudo o que estava sentindo. Eles ficaram se olhando por vários segundos, que, para os olhos inseguros de Wilson, pareceram horas. Wilson percebeu o olhar curioso naqueles olhos azuis, e algo mais, algo como desapontamento talvez - ou talvez não. Desviou o olhar e voltou para os seus relatórios.
“O que você quer House? Eu já disse, estou ocupado.” House observou o nervosismo de Wilson que tentava em vão se concentrar nos relatórios, sem sequer olhar pra ele de novo.
“O que esta acontecendo? O que tem de errado com você? Você esta me evitando há dias.”
“Não estou...”
“A verdade, Wilson. Você está sim, não negue. Eu venho aqui e você está muito ocupado para falar comigo, como se realmente precisasse me dizer alguma coisa, evita me olhar nos olhos. Alguma coisa está errada com você, e eu não fiz nada dessa vez... eu acho.”
Wilson não sabia o que dizer, House estava certo, ele o estava evitando, mas não podia dizer os motivos, por isso preferiu permanecer calado.
“Droga Wilson, diz alguma coisa!”, House disse deixando a raiva transparecer em sua voz.
“Quer saber House, sim, eu estou te evitando. Estou cansado, não estou 24 horas a sua disposição, não é só estalar os dedos e eu estou lá para suportar seu comportamento. Você acha que tudo gira a sua volta. Você não da à mínima pra nada, pra mim, para o que eu sinto, você não percebe, não é? Eu am...” Wilson parou de repente, percebendo que estava gritando, que tinha se levantado e que estava a centímetros de House. E que o fim de sua frase era completamente previsível.
House olhou alarmado para Wilson, silêncio tomando conta da sala e deixando só o som da respiração pesada dos dois ecoando no ambiente. Eles estavam muito próximos, e Wilson podia ver a realização naqueles olhos azuis, a curiosidade de antes substituída por entendimento e... Algo mais
“Você o que, Wilson?” House disse, em um tom de desafio.
“Eu... Eu...”, Wilson gaguejou, não suportando mais a situação. “Eu... Eu preciso sair daqui.” Wilson pegou seu casaco e saiu, deixando House em seu escritório com seus próprios pensamentos.
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Talvez ele tivesse entendido errado. Talvez não fosse o que pareceu ser. Mas a dúvida não era algo com que estava acostumado a tratar. House saiu do escritório com um pequeno sorriso surgindo no rosto, “Eu preciso fazer algo a respeito” pensou ele.
Wilson passou o resto do dia evitando House, evitando todos os lugares que poderia encontrá-lo. Quando chegou a sua casa, tudo que queria era deitar e dormir o resto do dia, ou melhor, tinha a impressão de que poderia dormir pela eternidade. Ele tinha certeza que depois da discussão no escritório House sabia a verdade. Tinha estragado tudo, House não iria mais querer saber dele.
“Qual é o meu problema? Eu sou um idiota.”
Wilson nem tinha se trocado e já estava quase pegando no sono quando ouviu uma batida na porta e a certeza de que era House se fez presente no mesmo instante. Quando abriu a porta, viu que House estava lá parado o encarando.
“Você não vai me convidar pra entrar, Jimmy? Você costumava ser mais educado. Parece que sou uma má influencia pra você.”
“House...” Wilson estava olhando para House com um olhar assustado e magoado.
“Precisamos terminar aquela nossa conversa”, House disse, passando pela porta e voltando a encarar Wilson.
“Agora você pode me responder. Você o que, Wilson?”
“Agora não House, estou cansado. Não precisamos conversar... Você não precisava vir aqui, já pode ir agora. Até amanhã.” Wilson foi em direção à porta, mas parou quando sentiu House o impedindo, o segurando pelo braço
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“Nem tente me expulsar daqui e pare de me ignorar. Me responde, você o que?”
“House... por favor, não.”
“Fala Wilson, me diz... Você o que?”
“Eu amo você! Droga, eu amo você! Eu sou um imbecil, eu sei. Eu me apaixonei pelo meu melhor amigo, que é um idiota arrogante e não gosta de ninguém, nem de si próprio. Agora você tem sua resposta, pode ir satisfeito. Isso é tudo?”
“Ainda não”
House se aproximou de Wilson e seus lábios se encontraram. Wilson não se mexeu, surpreso, mas logo se entregou ao beijo que foi evoluindo de suave para um beijo cheio de paixão e sentimentos escondidos que se achavam no meio daquela dança de mãos, lábios e carícias.
“Você é um idiota sim,” House disse ofegante, “Mas é por ter me evitado e não me contado nada. Eu... eu também amo você.” A confissão saiu baixa, rouca e sincera. E com isso ambos se perderão em mais um dos muitos beijos que os esperavam, um beijo cheio de desejo e paixão, paixão recém descoberta e pronta para ser explorada até onde a noite ou seus corpos cansados permitissem.
FIM