Title: Innocent Valentine
Pairings: KoyaPi, Nishikato, Tegomass
Genre: fluffly, yaoi, shonen-ai.
Ranting: 18 anos.
Disclaimer: eles não me pertencem, infelizmente. Mas a estória sim, ok?
N/A: Happy Valentine Day para todos. <3
Innocent Valentine
Existem vários tipos de amor. Todos são igualmente importantes, mas completamente diferentes. Um desses é bem popular, bem, conhecido. Este é o amor romântico. Para ilustrarmos bem, podemos acompanhar um casal que seria o exemplo perfeito para isso.
-Yamapi?
-Que foi Keii-chan? - ao ouvir a voz levemente ansiosa de seu amado, Yamapi se aproxima correndo do mesmo, o abraçando pela cintura por trás e beijando seus cabelos. - Aconteceu algo?
-Acontecer... Ainda não aconteceu, mas estou com um problema. Eu não consigo fazer essa cena direito. Me ajuda? - sorrindo ao ouvir o tom com que seu amante lhe pede o favor, YamaPi apenas lê o script da próxima peça de teatro que Koyama irá encenar na próxima semana por cima do ombro do mesmo, e após analisar atentamente a cada linha, morde de leve o pescoço que tanto ama e sussurra calmo.
-Me mostre o que você sabe. Te ajudarei no que for preciso. - sorrindo, Keii-chan concorda e logo encena a cena em que está com dificuldades.
É verdade que o olhar atento a todos os seus movimentos o deixa sob certa pressão ainda mais por ser o olhar da pessoa que lhe é mais importante nessa vida. O olhar já não é mais aquele doce que está sempre o observando, não, agora é crítico, sério. E que de certa forma o deixa feliz por saber que seu precioso amor compreende o quão sério quer que essa peça fique perfeita, ajudando-o a melhorar ao máximo.
Encarnava seu personagem no máximo que pôde. Era um personagem difícil que havia pegado dessa vez. Com a sua personalidade amável atual, Keiichiro não entendia as atitudes que deveria tomar como um homem perigoso, cruel e sádico. Sabia que YamaPi o ajudaria, pois mais que ninguém, YamaPi entendia a todos os seus personagens, nos mínimos detalhes e sempre os melhorava a ponto de serem inesquecíveis em suas novelas. Ao sentir um braço ao redor de sua cintura, Keiichiro leva um susto, mas logo relaxou ao ver que eram os braços de seu amado. Estava tão concentrado que nem havia percebido quando ele havia se aproximado.
-Não sei por que pede minha ajuda se consegue interpretar tão bem. - Yamapi o beija de leve no pescoço, mas logo suas mãos estão cada uma em torno das mãos de Koyama, as manipulando. - Mas se insiste em minha ajuda, creio que achei qual é o ponto que você quer melhorar. Vamos tentar agir dessa forma.
O sussurro que Yamapi solta o envolve, como se o hipnotizasse, transformando sua personalidade. Logo ele já se esquecia de quem era e se transforma num outro que começava a criar. Não via mais o camarim deles, do NEWS, o que via agora era somente a rua, o cenário, o ambiente de seu personagem, o ambiente em que ele conviveria agora. Subitamente tudo se desfaz, e como em um choque, Koyama se desequilibra, sendo segurado por Yamashita que sorri satisfeito.
-Parabéns. Conseguiu a sua perfeição. - para comemoração, os dois selam seus lábios um no outro.
Mas nem todos os dias são calmos como esse. No normal, os dois mal se vêem, e se o fazem, não podem demonstrar seus sentimentos de carinho abertamente como estavam fazendo. Tinham que permanecer cada um em seu próprio canto, sorrindo, trocando olhares, mas nunca se tocando por mais que alguns meros segundos. Muitas vezes seu amor chegava a um limite que não conseguiam agüentar. À noite, quando os dois terminavam seus trabalhos, corriam um para a casa do outro e assim que se encontravam, o desespero em juntar suas bocas, de sentir o corpo um do outro, de admirarem-se com aquela expressão de luxúria, seus rostos corados, respiração descompassada enquanto se uniam... Na pressa, na calma, mas sempre preocupados no bem estar, no prazer um do outro.
A manhã seguinte era outra alegria. Os beijos suaves para acordar o parceiro, o carinho da mão passeando pelo rosto do outro, o café-da-manhã compartilhado, as flores que sempre eram enviadas com os mesmo dizeres: “Eu te amo” nunca continham assinatura, mas nem era preciso. Somente com um olhar já sabiam quem tinha mandado e que tinha sido agradecido.
Há também outro tipo de amor que talvez seja bem peculiar. O amor orgulhoso. Difícil de se lidar, mas viciante ao se provar. Sempre na agitação, sempre estourado, o completo oposto da calmaria do amor romântico. E quem melhor que esse casal para representá-lo?
-Shige.
-Hum.
-Shige.
-Que foi Ryo? Estou ocupado terminando a matéria para o Myojo, não pode esperar?
-E por que eu deveria esperar? Deixa essa porcaria de revista esperando. - ao ouvir essa resposta, o rapaz com o laptop no colo arqueia a sobrancelha incomodado, mas não desvia a atenção da tela.
-E por que o tão grandioso Osaka Sexy Man não pode esperar apenas CINCO minutos?
-Exatamente porque sou o Osaka Sexy Man. Agora coloque essa droga de notebook na droga da mesa e poderia começar a prestar atenção em mim? - sentindo o nervo na testa saltar, Shige respira fundo antes de responder.
-Eu não vou colocar a droga do notebook de lado quando eu estou quase terminando e o prazo está acabando só porque você quer Nishikido. - Sentindo uma grande raiva, Ryo não perde tempo tentando se acalmar. Paciência nunca foi seu forte, isso admitia.
-Ah, mas vai sim. Se não vai por bem, vai por mal.
-O quê? Que raios... - porém a frase nunca pôde ser completada. O notebook descansa forçado na cabeceira ao lado da cama, enquanto Ryo segura os pulsos de Shige contra a cama, mantendo-o deitado enquanto o osakan senta em cima de seu quadril, impedindo-o de se movimentar. Sua língua força passagem, que após um pequeno tempo é liberado pelo garoto preso abaixo de si. A força com que segurava os pulsos do outro, pouco a pouco vai perdendo a força por não ser mais necessária. Logo as mãos passeiam, arrancam as roupas com pressa e muitos dos tecidos se partem com a violência com que é feita. Cuidado não é necessário. Ambos se sentem, ambos gemem, ambos se entregam. O prazer é sua perdição. Nesse momento, nada mais importa.
Orgulhosos como são, nenhum dos dois admitem que apenas pedem a atenção do outro, não. O único momento em que essas barreiras se dispersam é após a união, onde a energia se esgota e deitados um ao lado do outro, as carícias que trocam agora são calmas, relaxadas, carinhosas. Um murmúrio de ‘eu te amo’ baixinho, quase inaudível, mas que é suficientemente alto para os dois. Sorrindo cúmplices, eles adormecem juntos, o notebook largado, esquecido.
Na manhã seguinte, a mesma agitação por motivo diferente. A discussão de quem é a culpa pelo prazo de entrega se esgotar e o estresse acumulado se faz presente, até a hora em que resolvem se acertar de novo com a luxúria e a paixão que sentem um pelo outro.
Parte 02 (
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