We Were Gods

Apr 05, 2009 00:32

Eu sei, eu escrevo muito e não falo quase nada de mim. Mas quem se importa? ;x
Sou feliz contando historias fictícias do que falando coisas do meu dia-a-dia. Apesar de já ter escrito aqui. Relevem acho que to viajando agora. Por sinal, crianças não usem tóxicos.

2009

A cidade é uma festa de luzes, você as vê indo e vindo a toda hora sem parar. Um mar branco de um lado e um vermelho do outro. Todos apressados e ao mesmo tempo todos parados, haviam as luzes verdes, amarelas e vermelhas que ditavam as regras nessa maré de luzes. Para o homem que caminha entre elas tudo passava muito rápido e tudo era muito confuso. Seus ouvidos ouviam buzinas elas passavam por ele como imensos vultos e alguns de tamanhos monstruosos. Primeiro ele via a luz branca ofuscante e quando a seguia ele via apenas a luz vermelha imponente, era um caos de luzes e sons o seu mundo. Aquele era o caos da cidade, tão diferente do que já viu antes. O caos continuou ate que um barulho alto de freios e algo resvalando em seu corpo... mais do que o suficiente para ir ao chão. Os pneus cantaram ate encontrar um obstáculo e então outro, e outro e mais um. Logo não havia mais trafego naquela via apenas um congestionamento instantâneo junto com um engavetamento. O homem que estava na pista e causara tudo escapou por pouco de ser atropelado. O pára-choque traseiro do carro que quase o atropelou apenas bateu na sua bunda e o jogou no chão. O homem permaneceu ali caído no chão daquela via estirado. As pessoas começaram a se aglomerar em volta do acidente e quase todas ignoraram o bêbado que caído no chão. Ligavam para emergência e para a policia porque aquele homem perturbado deveria pagar pelo o que causou ainda mais se alguém tiver morrido no acidente.

Antes que qualquer um pudesse fazer alguma coisa uma mulher de pele morena e longos cabelos pretos se encaminhou ate o homem. Ela usava uma roupa branca e ao que parecia era uma médica. Ela se abaixo perto do homem e ajudou a se virar de barriga para cima. Os olhos dele se fecharam quando a iluminação artificial da noite bateu em seu rosto ele ergueu a mão para proteger o rosto da luz, tenta ver o rosto da mulher que o salvava, mas nada era visível para os olhos turvos do homem.

- Dionísio, quantas vezes mais você vai continuar fazendo isso?

Ele ouvia a voz dela e a sua pastosa esboçava alguma coisa que a mulher com dificuldade conseguiu entender o grosso da frase: “Ate o fim do mundo”. Como uma mãe ela ergueu a cabeça do homem caído e a apoiou em seu colo.

- Se você acha. Melhor eu te tirar daqui, consegue andar?

Entendendo com um pouco mais de clareza mas não querendo facilitar ele balançou a cabeça negativamente. Ela suspirou e o segurou pelas axilas para que se levantasse, ele fez o mínimo esforço para ajudar a mulher. Enquanto isso as sirenes já começavam a chegar e um grupo de curiosos apontava para os dois. Ela olhou para todos que apontava e balançou a cabeça.

- Isso não é nada bom. Eles vão querer sua cabeça.

O bêbado continuava calado, mas colaborou um pouco mais resmungando mais alto que deveria. Sua barba estava a pelo menos um mês sem fazer e os seus cabelos se encompridavam ate o pescoço. Depois de colocado em pé ela o ajudou a caminhar ate a calçada. As pessoas que haviam apontado agora apenas olhavam para eles e para a chegada da ambulância e um carro de resgate.

- Vem, preciso ver como ficou a sua cabeça agora.

Ela o carregou para fora daquele lugar de acidente e o levando para uma rua adjacente a principal. Ela abriu a porta de um carro e o colocou lá dentro, se estivesse sóbrio ia ver que o carro era uma pick up. Mas nem isso conseguia, depois de sentado ela volto para o banco do motorista e deu a partida. Ali eles estavam perto do hospital ela deu a volta na rua e pegou uma via principal para voltar para onde queria. Quarenta minutos de trafego intenso e um cheiro de vinho dentro do carro era tão forte que a obrigou a abrir os vidros. Eles saíram da via principal e entraram em uma rua sem saída, onde no final dela havia um conjunto habitacional. Ela pegou um controle de garagem e o abriu quando estavam chegando.

- Ei, eu moro aqui!

A voz embriagada de Dionísio exclamou um pouco espantado.

- É? Eu também.

E entraram.

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A seguir, Kali

deuses

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