Bittersweet - 1/??
Título: Bittersweet
Ship: Esteban Granero/Sergio Canales
POV: 3ª Pessoa
Fandom: Futebol
Censura: PG-13
Gênero: Drama, Slash, Romance
Teaser: "Era mais do que podia aguentar, mais do que sabia lidar, e mesmo assim se forçou a continuar, dia após dia, porque sabia que ele não apareceria de novo para segurar sua mão e ajudar a levantar."
A sensação que tinha era que não estava mais em seu corpo. Via tudo que acontecia, mas não conseguia reagir a nada daquilo. Ouviu quando ele disse que acabou, quando a porta da frente bateu pela primeira vez e soube que ele não voltaria. Sentiu que em algum lugar seu peito se apertou, doeu e quebrou como nunca imaginou ser possível por isso, mas mesmo assim não conseguiu reagir.
Ficou ali sentado no sofá, fazendo um carinho leve atrás das orelhas de Scar quando este se aproximou e deitou a cabeça em suas coxas. Era o máximo que conseguiu fazer naquela noite.
Estava mais perdido do que jamais esteve, não sabia como agir, como seguir em frente. Era uma sensação pior do que quando perdeu sua mãe, ou quando decidiu sair de casa, porque em todos esses momentos ele estava lá, até quando não sabia exatamente o que estava acontecendo ele se preocupava consigo e sorria aquele sorriso que fazia se sentir seguro, acreditar que tudo ficaria bem no final.
Foi quase um mês depois quando conseguiu reagir aquilo de alguma forma. Quando chegou em casa e viu que não havia mais nada dele ali, quando encontrou Scar deitado perto da porta como fazia o tempo todo nos últimos dias, esperando Sergio voltar e brincar com ele como fazia sempre depois de uma viagem particularmente longa. Ele nunca tinha ficado tanto tempo sem ver o dono. Como poderia explicar para ele que Sergio não voltaria mais?
Com algum custo, muita conversa - e muitas lágrimas de sua parte - conseguiu que o cachorro entendesse que eram só eles, agora. Não podia se deixar demonstrar um centésimo de tudo que sentia por dentro, pois sabia que no momento que deixasse alguma coisa sair, não conseguiria mais parar, não conseguiria continuar, e agora estava sozinho. Tinha que cuidar de Scar, tinha uma mulher grávida, uma mulher que praticamente não conhecia, mas que agora precisava de si e tinha que estar lá por ela. Por sua filha.
As vezes não aguentava e chorava durante a noite quando estava sozinho na cama que era deles, abraçado no travesseiro que era dele, onde seu cheiro era cada vez mais imperceptível. Nessas noites chorava até não aguentar mais, até acabar pegando no sono quando já estava perto de amanhecer.
Quando isso acontecia, Scar subia na cama e deitava ao seu lado, só ficando pertinho, como se compartilhasse sua dor e era por ele que secava as lágrimas, engolia o choro e conseguia acordar mais cedo do que gostaria normalmente para passearem como ele gostava. Não podia parar e tentar sentir sua dor e talvez, quem sabe com o tempo, voltar a ser algo perto do que era antes.
Era mais do que podia aguentar, mais do que sabia lidar, e mesmo assim se forçou a continuar, dia após dia, porque sabia que ele não apareceria de novo para segurar sua mão e ajudar a levantar. E também sabia, de seu jeito estranho e quase masoquista que se em algum momento parasse de sentir, aquela dor que não melhorava nunca, nem por um segundo sequer, não seria capaz de sentir mais nada e tinha medo demais para poder deixar que isso acontecesse.
Ship: Esteban Granero/Sergio Canales
POV: 3ª Pessoa
Fandom: Futebol
Censura: PG-13
Gênero: Drama, Slash, Romance
Teaser: "Era mais do que podia aguentar, mais do que sabia lidar, e mesmo assim se forçou a continuar, dia após dia, porque sabia que ele não apareceria de novo para segurar sua mão e ajudar a levantar."
A sensação que tinha era que não estava mais em seu corpo. Via tudo que acontecia, mas não conseguia reagir a nada daquilo. Ouviu quando ele disse que acabou, quando a porta da frente bateu pela primeira vez e soube que ele não voltaria. Sentiu que em algum lugar seu peito se apertou, doeu e quebrou como nunca imaginou ser possível por isso, mas mesmo assim não conseguiu reagir.
Ficou ali sentado no sofá, fazendo um carinho leve atrás das orelhas de Scar quando este se aproximou e deitou a cabeça em suas coxas. Era o máximo que conseguiu fazer naquela noite.
Estava mais perdido do que jamais esteve, não sabia como agir, como seguir em frente. Era uma sensação pior do que quando perdeu sua mãe, ou quando decidiu sair de casa, porque em todos esses momentos ele estava lá, até quando não sabia exatamente o que estava acontecendo ele se preocupava consigo e sorria aquele sorriso que fazia se sentir seguro, acreditar que tudo ficaria bem no final.
Foi quase um mês depois quando conseguiu reagir aquilo de alguma forma. Quando chegou em casa e viu que não havia mais nada dele ali, quando encontrou Scar deitado perto da porta como fazia o tempo todo nos últimos dias, esperando Sergio voltar e brincar com ele como fazia sempre depois de uma viagem particularmente longa. Ele nunca tinha ficado tanto tempo sem ver o dono. Como poderia explicar para ele que Sergio não voltaria mais?
Com algum custo, muita conversa - e muitas lágrimas de sua parte - conseguiu que o cachorro entendesse que eram só eles, agora. Não podia se deixar demonstrar um centésimo de tudo que sentia por dentro, pois sabia que no momento que deixasse alguma coisa sair, não conseguiria mais parar, não conseguiria continuar, e agora estava sozinho. Tinha que cuidar de Scar, tinha uma mulher grávida, uma mulher que praticamente não conhecia, mas que agora precisava de si e tinha que estar lá por ela. Por sua filha.
As vezes não aguentava e chorava durante a noite quando estava sozinho na cama que era deles, abraçado no travesseiro que era dele, onde seu cheiro era cada vez mais imperceptível. Nessas noites chorava até não aguentar mais, até acabar pegando no sono quando já estava perto de amanhecer.
Quando isso acontecia, Scar subia na cama e deitava ao seu lado, só ficando pertinho, como se compartilhasse sua dor e era por ele que secava as lágrimas, engolia o choro e conseguia acordar mais cedo do que gostaria normalmente para passearem como ele gostava. Não podia parar e tentar sentir sua dor e talvez, quem sabe com o tempo, voltar a ser algo perto do que era antes.
Era mais do que podia aguentar, mais do que sabia lidar, e mesmo assim se forçou a continuar, dia após dia, porque sabia que ele não apareceria de novo para segurar sua mão e ajudar a levantar. E também sabia, de seu jeito estranho e quase masoquista que se em algum momento parasse de sentir, aquela dor que não melhorava nunca, nem por um segundo sequer, não seria capaz de sentir mais nada e tinha medo demais para poder deixar que isso acontecesse.