Título: Reencontro
Autor: Pollyspn
Fandom: RPF - SUPERNATURAL
Casal: Jensen/OFC, Jared/OFC
“A cada review que você não deixa, um autor morre!
Ajude esta (e) pobre autora (autor) a continuar vivendo e deixe a sua review!
Comente nas histórias, isto incentiva os autores a continuarem escrevendo...”.
NOTA1: Os atores de Supernatural não me pertencem. As pessoas descritas na fic não são reais. Os locais descritos sim são reais, porque foi a partir de uma visita a esse local que eu imaginei a fic. A única coisa que me pertence é minha imaginação. Nada mais. Não ganho um centavo com isso aqui. Só prazer e diversão.
As demais notas estão no
masterpost.
NOTAS EXTRAS:
Conforme prometido, mais um capítulo. Desculpe o pequeno atraso, mas eu estava dentro de um avião e não tinha como postar. Terça-feira tem mais.. Bjos e até lá!
CAPÍTULO ANTERIOR - 29 ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
CAPÍTULO 30
Jensen procurava se acalmar. Ele precisava de seus nervos controlados. Voltou seu pensamento para momentos antes, logo depois de Patterson lhe dizer da coletiva de imprensa.
FLASHBACK ON
- O que? Falar com a imprensa? Você está louco? - Jensen se soltou do abraço de Vivian e se aproximou de Patterson - Você realmente acha que vou expor minha família desse jeito?
- Você não está em condições de exigir nada aqui. Isso é um trabalho policial. E eu nunca pensei que diria isso, mas sua fama pode ajudar nesse caso, já que você fechou em definitivo todas as portas para que a suspeita nos contasse algo.
- E você quer me explicar como eu expor minha família vai ajudar com isso? Exceto que vai chover jornalistas na minha casa, na casa deles, as fofocas vão ferver e minha vida vai se tornar mais e mais exposta? - Jensen cruzou os braços no peito e manteve o olhar fixo no policial.
- Temos uma imagem do cúmplice de Angela. Vamos divulgá-la e esperar que alguém reconheça. Nas atuais circunstâncias é nossa melhor opção. O meio mais rápido de achar sua filha, Jensen - era Sandra Scott quem falava agora - E para que o resultado venha mais rápido, alguém da família deve fazer o apelo.
Jensen olhou a policial e todos em volta. Seus olhos se fixaram em Vivian, e então ele tomou uma decisão.
- Eu falo. Somente eu. Ninguém mais será exposto. E quando eu digo ninguém é ninguém mesmo, Josh. - Jensen falou firmemente olhando seu irmão, afinal Jensen tinha certeza que Josh estava pronto a fazer a declaração no lugar dele.
FLASHBACK OFF
E agora ele estava aqui, esperando a qualquer momento entrar naquela sala cheia de jornalistas e dizer ao mundo que ele tinha uma filha, e que ela tinha sido tirada dele. Engoliu em seco novamente e olhou ao redor. Uma das salas vazias da delegacia tinha sido arrumada para servir de sala de imprensa e a atividade constante podia ser ouvida e isso estava fazendo o humor de Jensen oscilar entre a raiva e o medo. Quase toda a sua família estava lá. Vivian estava sentada num sofá, entre Julian e Nick. Julian a abraçava e beijava os cabelos dela. Seus pais e Josh falavam com Jared e os policiais. E ele estava sendo preparado para as câmeras e isso realmente estava o irritando. Uma mulher de meia-idade estava pulverizando algo no rosto dele e sorria amavelmente chamando a atenção dele de volta pra ela.
- Fique tranquilo, querido. Eu só tenho que terminar a maquiagem. Não podemos permitir que você apareça como se tivesse sido atropelado por um ônibus.
- Por que não? - Jensen perguntou - Eu me sinto exatamente assim.
- Desculpe, eu imagino que sim, - ela disse com olhos cheios de simpatia - mas não é bom aparecer todo brilhante na câmera, a menos que seja um vídeo de festa gay. Basta observar as carecas que não são maquiadas adequadamente antes de irem pra frente das câmeras. A pessoa fica com a cabeça toda lisa e brilhante e é muito estranho. Nós temos que ter todos os olhos voltados pra você, para o que você tem a dizer. Você não precisa parecer que acabou de sair do banho, mas também não pode aparecer de qualquer jeito, não é? Nós só queremos ajudá-lo.
- Sim tudo bem, tudo bem. - Jensen suspirou - Estamos quase prontos? Eu só quero fazer isso e ir pra casa. Ir pra casa, limpar minha cabeça, acordar amanhã com minha filha em casa. Isso é pedir muito?
- Não, não é - ela deu um toque final e em seguida se preparou para deixá-lo, sorrindo - Ok, você está pronto. Vá falar com sua família, você entra no ar em instantes.
- Obrigado - Jensen atravessou a sala e se sentou ao lado de Vivian, já que Julian e Nick haviam se levantado do sofá. Ele a abraçou e disse, suavemente:
- Você está bem? - Vivian acenou concordando e se recostou no peito de Jensen. Ele beijou os cabelos dela e prosseguiu - Eu vou fazer isso, e nós vamos ter nossa Bri de volta. Você vai ver.
Eles ficaram em silêncio e apenas observaram o movimento em volta. Alguns minutos depois, uma mulher disse, apressada.
- Vamos, Sr Ackles. O senhor entra em cinco minutos. Estamos prontos para sua declaração. Você quer isso que está escrito ou o senhor prefere falar por si mesmo?
- Eu vou falar por mim mesmo - Jensen tomou uma respiração profunda e seguiu a mulher para a sala de imprensa improvisada.
- Ok, apenas seja sincero e faça as pessoas perceberem sua dor. Seja honesto, queremos que as pessoas realmente ajudem.
- Não preciso atuar aqui, moça - Jensen respondeu rapidamente e a mulher apenas concordou.
Assim que Jensen entrou na sala, tudo parecia surreal. As coisas pareciam acontecer e ele nem sequer estava presente. Era como se ele não estivesse lá. Mas de algum modo ele viu o chefe de polícia dizer em rede nacional que o ator Jensen Ackles tinha um pedido a fazer e que qualquer informação dada à polícia seria mantida em sigilo absoluto. O chefe de polícia acenou para Jensen e ele foi em direção ao microfone.
- Olá a todos. Como o chefe de polícia disse, eu tenho um pedido a fazer. Mas primeiro darei uma breve explicação. E será apenas isso. Não vou responder a nenhuma pergunta no momento. Talvez eu venha a fazer isso no futuro, em respeito aos meus fãs. Mas por ora é apenas isso que eu vou dizer - ele piscou, respirou fundo e disse, num tom de voz controlado.
- Alguns meses atrás, quando estava viajando pelo Brasil, eu reencontrei uma antiga namorada e descobri que tinha uma filha com ela. Que temos uma filha. O nome da minha filha é Briana - os jornalistas começaram a murmurar e falar entre si. Jensen recomeçou a falar e o silêncio voltou - Há 48 horas ela foi sequestrada. Foi levada por duas pessoas. Eles machucaram minha irmã e levaram Briana. Uma das pessoas está presa e se recusa a falar onde está minha filha. A outra pessoa, a polícia acredita, pode estar com ela. Aqui está uma foto de Briana - e então Jensen focou na foto de Briana que foi mostrada no telão atrás dele.
Ele fitou sua filha sorrindo e com olhos verdes tão parecidos com o seus. Briana estava abraçada a Dido e a foto mostrava claramente uma criança feliz, que brincava com o seu cachorro. Ela estava num jardim e o contraste com as flores dava uma bela aparência à imagem. Jensen esperou que a imagem ficasse clara e todos pudessem gravar o rosto de Briana e então ele continuou, com a voz trêmula:
- Ela tem oito anos. E provavelmente está em poder do outro sequestrador. Nós não sabemos onde ela está, se está bem, se está com medo ou não, se está alimentada ou não. Não sabemos sequer se está... - Jensen engoliu o nó na garganta, não sendo capaz de concluir a sentença. Ele voltou a fitar a câmera e disse, implorando - Por favor, nós queremos nossa filha de volta. Queremos Briana em segurança na nossa casa. A mãe dela e eu apenas desejamos que ela esteja bem. Por favor, se alguém a viu ou se alguém viu a pessoa que terá a foto divulgada pela polícia, entre em contato. Nós seremos eternamente gratos a quem ajudar a encontrá-la. - Jensen respirou profundamente outra vez e voltou a olhar diretamente para câmera - E, por favor, você que está com ela, com a minha Bri. Não a machuque. Não faça nada com ela. Por favor, eu estou implorando a você. Devolva nossa filha. Nós só a queremos de volta. Sã e salva. Por favor.
E em seguida o chefe de polícia mostrou a foto do homem e disse de forma profissional:
- Qualquer informação sobre esse homem, entre em contato conosco. Sua identidade permanecerá em sigilo absoluto.
Jensen saiu pela porta lateral e deixou com que a polícia lidasse com os jornalistas. Ele apenas rezou que seu apelo fizesse algum efeito. Que isso realmente ajudasse a trazer sua filha para casa. Não sabia quanto tempo mais podia suportar.
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“Onde aquela vaca se meteu? Ela saiu há mais de cinco horas e disse que não ia demorar. Eu preciso sair desse apartamento. Não aguento mais ficar preso aqui com essa pirralha.” Killer pensou, bufando e passando a mão pelos cabelos, assim que acordou de sua soneca, depois de algumas garrafas de cerveja. “Tenho que mijar”. Ele se levantou, espreguiçou e viu que a TV estava desligada.
Ao sair do banheiro, ele passou pelo quarto de Briana. Pegou as chaves no bolso e destrancou a porta. A menina estava dormindo. Quieta na cama. Killer suspirou e decidiu deixar a porta aberta, caso ela acordasse e quisesse usar o banheiro. Nem fodendo que ele acompanharia uma menina no banheiro. Ele não era esse tipo de doente. O homem se dirigiu para a cozinha e no caminho ligou a TV. Pegou a pizza que estava na geladeira, mais uma cerveja e foi se sentar no sofá e assistir TV. Passava uma reprise de um jogo de basquete, que ele ficou assistindo enquanto comia a pizza gelada e bebericava a cerveja. De repente, uma chamada urgente interrompeu o jogo. Uma repórter entrou em cena e dizia que havia uma notícia importante a ser divulgada. Killer resmungou e não deu muita importância ao que estava sendo dito na TV. No momento que se levantou para pegar a cerveja, viu a foto da menina na TV. Era a mesma menina que estava dormindo no quarto ao lado. A mesma menina. E quem estava falando era o ator de cinema Jensen Ackles.
- Ela tem oito anos. E provavelmente está em poder do outro sequestrador. Nós não sabemos onde ela está, se está bem, se está com medo ou não, se está alimentada ou não. Não sabemos sequer se está...
Killer viu Jensen engolir um nó na garganta e em seguida, voltar a fitar a câmera e dizer:
- Por favor, nós queremos nossa filha de volta. Queremos Briana em segurança na nossa casa. A mãe dela e eu apenas desejamos que ela esteja bem. Por favor, se alguém a viu ou se alguém viu a pessoa que terá a foto divulgada pela polícia, entre em contato. Nós seremos eternamente gratos a quem ajudar a encontrá-la. E, por favor, você que está com ela, com a minha Bri. Não a machuque. Não faça nada com ela. Por favor, eu estou implorando a você. Devolva nossa filha. Nós só a queremos de volta. Sã e salva. Por favor.
E então a foto dele apareceu na tela. Não era uma imagem nítida, mas se a pessoa olhasse bem poderia reconhecê-lo facilmente. Killer caiu novamente no sofá, sua boca estava seca e seus pensamentos, frenéticos.
“Aquela vaca não me disse que a fedelha era filha de gente famosa. Eu pensei que era filha de algum ex-namorado e que seria só um susto. Não pensei que aquela vaca fosse me enfiar nessa coisa gigantesca. Toda a polícia de Los Angeles está na minha cola agora. O que eu vou fazer? E como assim, machucá-la? Eu não toquei num fio de cabelo da menina. Não! Eu não fiz nada! Mas como vou explicar isso pra polícia? Cacete! A pentelha é filha de um astro de cinema! Como aquela vaca não me disse isso?”
Killer continuou deixando os pensamentos atravessar sua mente sem nexo algum. Ele finalmente levantou e começou a andar pela sala. “O que eu faço agora? Como vou me livrar dessa? O que aquela vaca disse pra polícia? E se ela tirar o corpo fora? Esse pessoal tem grana. Eu tô ferrado! Onde fui me meter? Porra! Eu só queria uns trocados! E agora eu estou aqui, nesse apartamento maldito, com a filha de um dos atores mais famosos do mundo! A filha de Jensen Ackles! E como ninguém nunca soube dessa pirralha antes? O que diabos eu vou fazer agora? Eu não posso simplesmente ligar para família e dizer: tenho algo pra vocês! A polícia vai acabar comigo! E eu nem fiz nada grave, exceto manter essa menina aqui! Mas quem acreditaria? E por que diabos eu me deixei convencer por aquela desgraçada?” O homem estava histérico. E num impulso, pegou a chave do apartamento e saiu. “Eu preciso de ar. Eu preciso pensar direito!”
Briana acordou com o barulho de uma porta batendo. Ela se assustou e sentou rápido, mas se lembrou de onde estava e voltou a se encolher na cama e ficar quieta. Ela queria ir para casa, queria falar com sua mãe ou seu pai ou seu tio Julian. Briana queria dormir no colo de Nana. A menina começou a chorar baixinho. Ela chorou até que a vontade de ir ao banheiro falou mais alto. Briana se sentou lentamente na cama e olhou em volta, esperando ouvir algum barulho. O apartamento estava silencioso. Ela resolveu levantar-se da cama e ir até a porta pedir para alguém abrir, porque ela estava com muita vontade de ir ao banheiro. A garotinha se aproximou da porta e parou. Briana bateu na porta e disse:
- Eu quero ir no banheiro. - Briana esperou alguém aparecer e abrir a porta, mas ninguém respondeu. Então bateu de novo e falou mais forte - Por favor, eu quero fazer xixi!
De novo ela esperou, trançando nervosamente as pernas, porque realmente estava apertada. Quando ninguém respondeu novamente, ela mexeu na maçaneta. Estava aberta. Estava destrancada e o coração de Briana bateu rápido e ela nem pensou, abriu a porta e correu para fora. Ela foi logo para o banheiro e só depois se aventurou a sair pelo apartamento. Briana andava devagar pelo apartamento pequeno, com medo de alguém viesse e gritasse com ela e a trancasse de novo. Quando ela chegou na sala, viu que havia restos de pizza na mesa e uma garrafa aberta. Briana chamou por alguém, mas não teve resposta. Ela se sentou no sofá e ficou pensando.
“O que eu faço? Eu estou sozinha? Ou tem alguém escondido? Cadê aquela mulher que disse que conhece meu pai? O que estou fazendo aqui? Por que ela me trouxe pra cá? E como é que não tem ninguém por aqui? Eu tô com fome. O que eu faço?” Briana decidiu olhar na geladeira se havia algo para comer. Mexeu na geladeira e não encontrou nada, só garrafas de vidro que ela pensou ser daquela bebida que seu tio Julian disse para não tocar. A menina ficou procurando pelos armários da cozinha algo para comer, e só encontrou um pouco de amendoim. Briana comeu os amendoins e ficou com sede. Quando puxou uma cadeira para pegar um pouco de água na torneira, avistou o que parecia ser um celular em cima da geladeira velha. Briana não pensou duas vezes e subiu em cima da pia para agarrar o aparelho, torcendo que ele tivesse alguma bateria.
Briana conseguiu alcançar o celular, desceu como um raio de cima da pia e olhou para ver se tinha bateria. Estava com pouca bateria, mas ela achava que conseguiria ao menos fazer uma ligação. Briana nervosamente discou o número do seu pai, a única pessoa que ela pensou que poderia ajudá-la. Colou o aparelho ao ouvido e esperou.
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À medida em que se aproximavam da casa, o movimento se tornou mais intenso. Jensen já sabia do que se tratava: a imprensa já estava acampada do lado de fora de sua casa. Ele se encolheu no banco de trás do veículo, onde estava sentado, abraçado a Vivian. Josh dirigia e Jared estava no banco de passageiros. Julian, Nick e seu pai estavam no outro carro. Jensen segurou Vivian junto de si e suspirou pesadamente.
- Era isso que eu não queria. O show começou. Agora nossa vida será um pouco mais “agitada”. Como se eu precisasse de mais essa agora! - Jensen estava irritado e encarou o olhar que Josh lhe deu pelo espelho retrovisor - Nem vem Josh, você sabe que eu detesto isso. E agora vocês também não terão sossego! Jare, Sarah está bem? Não tem ninguém na casa de vocês, né?
- Relaxa, cowboy! Sarah é adulta e sabe lidar com isso melhor que nós dois - Jared se virou no assento para ver Jensen e Vivian e sorriu - assim como eu aposto que Vivian também sabe, não é, Viv?
- Sim Jared, eu sei. E por mais que eu diga a Jensen que ele dá muita importância a isso, ele não acredita - Vivian sorriu de volta e encarou Jensen com uma leve careta - Eu já disse que sou jornalista também. Ele dorme com o inimigo!
- Meu maninho escolheu a dedo! - Josh disse, divetido - De todas as mulheres que ele poderia ter, ele amarrou seu burro justo com a égua menos provável!
- Joshua! É de Vivian que você está falando, cara! Olha os termos que você usa para se referir a ela! Porra, cara! - Jensen estava mais aborrecido, principalmente depois que todos caíram na gargalhada. Vivian lhe deu um beijo leve nos lábios - E você dona Vivian, não deveria deixar que ele se referisse a você assim! Joshua é um grosseirão caipira!
- Qual é, Jens? Você acha que eu me aborreço com isso? - Vivian disse, com um leve sorriso - Eu gosto de pensar no seu lado animal. No seu lado...
- Ok, a conversa acabou por aqui - Jensen estava com a boca aberta, olhando para os ocupantes do carro - Deus, eu estou assustado agora. Onde foi que eu me meti? - e só então todos voltaram a rir, inclusive Jensen.
Quando chegaram ao portão da propriedade, já havia seguranças por lá, impedindo que os jornalistas se aglomerassem em torno do carro. Josh disse, divertido:
- Grande Alan Ackles! O cara é demais! - Josh disse em alto e bom som - Nada como um pai que lida com isso e antecipa movimentos. O cara é mesmo bom, hein, Jen?
Jensen apenas acenou, agradecendo silenciosamente a iniciativa do pai de ligar para uma empresa de segurança, solicitando reforços. Eles atravessaram a multidão de jornalistas sem maiores problemas e quando Josh parou com o carro, Jensen sentiu a tensão ir saindo aos poucos do seu corpo cansado. Vivian já descia do carro e Julian veio ao encontro dela. Nick disse a todos:
- Vou me juntar a Donna na cozinha, preparar alguma coisa pra comer. Preciso mesmo me ocupar - ele se inclinou e deu um beijo em Julian e outro em Vivian.
Jensen estava se segurando o dia todo, tentando não surtar, não pensar que as coisas poderiam dar errado com aquela declaração à imprensa. Procurou confiar no trabalho da polícia e buscou se acalmar. Ele não podia desabar, não agora, não quando Vivian precisava dele. Ele deixaria para desmoronar outro dia, quando Briana estivesse com eles novamente. Sentiu Vivian deslizar o braço em volta de sua cintura e então olhou carinhosamente para ela.
- Você esteve fantástico diante das câmeras. Sua declaração foi perfeita. Eu não duvido nem por um minuto que Briana vai voltar logo pra casa, Jensen. Não vou me permitir duvidar - Vivian disse e viu Jensen morder o lábio inferior. Ela tocou a boca dele e disse baixinho - Eu te amo. Eu confio em você. E nada, nada mesmo vai estragar nosso relacionamento. Briana estará conosco em breve. Acredite nisso, meu amor - Jensen beijou a palma da mão dela e a apertou um pouco mais junto de si - Agora vamos entrar. Vamos pra casa. Sua mãe está esperando por nós.
Quando eles chegaram na cozinha, Donna e Nick estavam juntos preparando algo para comer. Alan e Josh conversavam com Mackenzie sobre o que aconteceu na delegacia, e Jared e Sarah falavam baixinho entre eles, com Jared tocando a barriga de Sarah carinhosamente.
- Onde está Julian? - Vivian perguntou olhando ao redor e não vendo seu irmão.
- Ele foi tomar um banho rápido. Daqui a pouco está de volta, querida - Nick respondeu sorrindo - Você sabe como Julian é, certo?
Vivian acenou com a cabeça concordando. Sim ela sabia. Julian lida com seus problemas sozinho, de preferência debaixo de um chuveiro e com a água lavando e levando embora todas as energias ruins. Nessas horas ele ficava sozinho, literalmente, e não permitia a aproximação de ninguém. Vivian se sentou no colo de Jensen e ficou ouvindo a conversa na cozinha até que a comida foi servida e todos se sentaram diante da enorme mesa da cozinha. No meio da conversa, em que Julian contava a todos sobre uma tempestade que o barco dele enfrentou no mar, o telefone de Jensen tocou. Ele se levantou correndo, pegou o aparelho e foi em direção à sala para que os técnicos o autorizassem a atender. Era um número confidencial, não aparecia na tela e Jensen atendeu com o coração em disparada.
- Alô? - Jensen disse, tremendo e com a voz incerta.
- D-daddy? - Briana falou baixinho do outro lado.
- Bri? - Jensen soltou a respiração de repente e sentiu Vivian se aproximar dele e a sala entrar em súbito silêncio, só ouvindo o barulho de algumas máquinas - Princesa? É você, meu amor?
- Sim, daddy, sou eu. - Briana começou a chorar baixinho - Eu quero ir pra casa, daddy. Eu quero você e a mamãe. Não gosto desse lugar.
Quando ouviu o choro de sua filha, Jensen tirou forças não sabia de onde e disse, mais calmo:
- Shhh. Eu sei, sweetheart. Nós vamos buscar você, pequenina. Nós vamos já. - Jensen apertou os lábios e se manteve falando - Você está bem? Está machucada?
- Não, daddy.- Briana falou, ainda chorando - Eu estou com fome.
- Ok, tudo bem. Fique tranquila, que a gente vai te buscar, ok? - Jensen olhava freneticamente para o técnico, que estava rastreando a ligação - Você sabe onde está? Consegue me dar um endereço, princesa? Você está sozinha?
- Não, daddy, eu não sei o endereço. Só sei que é um apartamento sujo, velho e com um monte de coisa suja. A cama que eu estava era velha e fedorenta. - Briana olhou em volta - As janelas estão trancadas e têm papel cobrindo, a TV é muito velha, e tem um monte daquelas garrafas de cerveja que tio Julian disse que não posso tocar. E não tem ninguém aqui mais. Eu estou com medo, Daddy. - Briana choramingou novamente.
- Oh, meu amor! - Jensen apertou o telefone nas mãos e lutou contra as próprias lágrimas - Prometo a você, Bri, que eu vou te buscar, ok? Não sei se agora, mas eu prometo que vou te buscar ok? Fique tranquila e espere um pouco mais, meu anjo - Diante do aceno do técnico, Jensen suspirou aliviado - Agora escute, meu amor, não se coloque em perigo. Volte pro quarto, desligue o telefone e fique esperando lá, ok?_
- Não, não, daddy. Eu quero falar com você! - Briana chorou de novo - Eu não quero ficar lá sozinha de novo.
- Oh, Deus! - Jensen sentiu Vivian do seu lado e engoliu o choro - Bri, Bri. Me escute, princesa. Por favor! Desligue o telefone e fique tranquila, ok? - Diante do silêncio da menina, Jensen disse, a voz trêmula - Sabe quem veio pra ver você? Tio Julian e Tio Nick. Eles estão aqui também. Portanto, continue sendo essa linda menina corajosa que você é e volte pro quarto, ok? Não se coloque em perigo. Papai e mamãe te amam. Nós vamos trazer você pra casa.
- O-o-okay, daddy. Eu estou indo - Briana fungou de novo e disse baixinho - mas por favor, diga a mamãe que a amo e estou com saudades dela. E Tio Ju também. Eu te amo, daddy. Tchau.
- Tchau, minha princesa - Jensen então ouviu o clique do telefone e não se segurou mais. Sentiu o corpo amolecer e seus joelhos não o seguraram de pé.
Josh e Jared correram para segurá-lo, antes que ele caísse no chão. Vivian foi amparada por Julian e a sala pareceu entrar em erupção. Eram ordens sendo dadas, telefonemas sendo feitos e o zumbido apenas penetrava na cabeça de Jensen. A única coisa que ele conseguia pensar era em Briana sozinha num lugar sujo, com medo e assustada e ele não podia fazer nada a respeito. A única maldita coisa que ele podia fazer era esperar. Esperar que a polícia soubesse o que estava fazendo. Jensen repetia incessantemente que tudo daria certo, tudo ficaria bem, mas as palavras de Briana “eu não quero ficar lá sozinha de novo”, não paravam de cortar seu coração aos pedaços.
TBC.......
CAPÍTULO 31 ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
NOTAS FINAIS DA AUTORA.
= Outro capítulo. Quem quiser matar a Angela, vá em frente! :)
=Comentários abertos. Fiquem a vontade pra comentar o que quiserem. Eu vou adorar saber.
= Obrigada a todos que deixam review... Eu adoro recebê-las, e adoro quando vocês me dizem como estou me saindo. Podem comentar a vontade. Eu adoro receber comentários sobre a fic. É muito fácil comentar. Eu deixei aberta a postagem anônima, caso você não tenha uma conta no LJ, mas por favor, deixe ao menos seu nome no final de cada comentário para que eu possa saber quem é e responder adequadamente.
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