Título: [one-shot] Reencontro - Parte III
Shipper/Pairing: Robert&Kristen
Censura: NC-17
Gênero: Romance
Sinopse: Uma conversa sobre planos futuros...
Reencontro - Parte III
Rob percebeu quando Kristen se aproximou de sua mãe durante a cerimônia de imortalização no Chinese Theater. Ela sussurrou qualquer coisa rapidamente no ouvido de Clare que foi recebido com um olhar ao mesmo tempo de alívio e de desapontamento.
Ele ficou imediatamente intrigado. Pensando no que Kristen havia dito à sua mãe que foi assim capaz de fazer surgir duas expressões tão discrepantes no rosto dela.
Por fim, Clare sorriu complacente e acariciou gentilmente o braço da nora, em um notório sinal de apoio. Kristen devolveu seu sorriso de maneira contida e tímida, ao mesmo tempo em que seu olhar indicava gratidão.
Rob ficou sem entender... Quando tivesse a oportunidade, perguntaria para Kristen do que se tratava aquele segredinho entre nora e sogra.
*
Dois corpos suados, ardentes e inteiramente despidos, encontravam-se sobre a cama.
Nunca era o suficiente. Já fazia alguns dias, desde seu reencontro, que vinham tentando matar as saudades. Mas sempre queriam mais e mais.
Rob viajava por inúmeras cidades pelo mundo afora promovendo Breaking Dawn. Kristen, por sua vez, estava gravando na terra natal de Rob, Londres, o seu mais recente projeto. O que a privou de fazer toda a turnê de divulgação do último filme da franquia Twilight ao lado de seu namorado, e que também os separou por alguns dias - o que resultou em inúmeros telefonemas que avançavam pelas madrugadas, tudo para que eles pudessem escutar o máximo da voz um do outro antes de finalmente pegarem no sono.
Mas, agora, eles se encontravam juntos novamente. Depois do Handprint e de algumas entrevistas e divulgações, eles tinham algum tempo para saciar a necessidade que sentiam um do outro.
Ele descia pelo corpo dela, depositando ternos beijos e dando leves mordidas em sua tez macia. A barba por fazer, arranhando levemente sua pele, era excitante. Ela suspirava e quando ele atingia algum ponto deveras sensível de seu corpo, se tornavam inevitáveis pequenos, porém audíveis gemidos e gritinhos que ela tentava sufocar. Sem sucesso. Rob ria de maneira presunçosa e continuava naquela lenta tortura, adorando as reações dela a cada novo toque de seus lábios, língua e dentes sobre o pequeno e delicado corpo feminino.
A mão de Kristen foi parar no cabelo de Rob, correndo seus dedos por entre os fios. Um pedido silencioso. Ele sabia o que ela queria, mas iria torturá-la mais um pouco.
Dando-se por vencida, sabendo que ele não iria realizar o seu mais urgente desejo logo de uma vez, ela revirou os olhos, frustrada, e iniciou um diálogo com ele.
- Estou ficando velha pra isso... Já não tenho mais a mesma energia pra suportar todo esse ritmo de gravações, eventos, entrevistas, conferências... Estou exausta e precisando de férias.
Ali, naquela cama com Rob, era uma pausa para relaxar depois de tanto trabalho... Óbvio que relaxar não era o único plano deles quando estavam na cama, mas eles se permitiam cansar mais um pouco quando estavam nos braços um do outro.
- E quando você entrar de férias, vai reclamar que está com saudades da correria das gravações. É sempre assim, Stew.
Kristen rolou os olhos. Ele sempre a chamava daquela forma quando estava a fim de provocá-la. Portanto, não iria ceder ao joguinho de Rob.
- O que foi? - Kristen perguntou quando Rob parou o que estava fazendo com uma pausa abrupta.
- Sempre tem um hematoma diferente no teu corpo - ele disse, referindo-se a uma marca roxa no joelho dela e encostou os lábios levemente ali.
Kristen tapou o rosto com as mãos, um tanto sem graça, e chacoalhou a cabeça fazendo o cabelo se espalhar ainda mais pelo travesseiro.
- Eu sempre me machuco durante gravações.
- Não só em gravações. Escorrega em aeroportos, bate com a cabeça no armário da cozinha, cai enquanto dança Smiths pelo quarto...
- Cala a boca!
- Depois o estabanado sou eu.
- Esse aqui foi culpa sua, idiota.
- Fui eu que fiz isso? - Rob olhou para a marca no quadril que ela apontava.
Ele beijou a região.
- Em que momento eu usei força demais quando agarrei seus quadris?
- Já deu uma boa olhada no tamanho da sua mão?
- Quem mandou você ser, assim, pequenininha?
- Não tenho culpa que seu braço seja da espessura da minha coxa.
- Exagerada! Não é tanto assim. Você acha que somos desproporcionais?
- Não, na verdade eu acho sexy - ela disse, mordendo os lábios com seu melhor tom provocativo.
Rob sorriu com malícia.
- Acho que é por isso que seu pai te chama daquele jeito.
- Que jeito?
- Não te contei? Ele chegou me dizendo que soube da história que eu disse que estávamos casados...
- E...?
- Falou que se for verdade, é “para cuidar bem da minha garotinha” - disse imitando a voz do pai de Kristen.
Ela riu.
- Eu deveria ter dito a ele que ainda não percebeu que a garotinha dele cresceu e se tornou minha mulher... E que, às vezes, ela gosta de vestir umas roupas e uns acessórios estranhos e que eu a chame de “minha garotinha”.
Kristen lançou a ele um olhar de censura.
- Não pode dizer isso para o meu pai.
- Por isso que eu não disse.
- Rob?
- Huh?
- Pára de enrolar e faça aquilo que eu sei que você quer fazer tanto quanto eu! - pediu num sussurro, mordendo os lábios com um ar mal-intencionado.
Rob riu.
- Ainda não, Kristen.
Ela gemeu, frustrada, em desaprovação.
- Sabe de uma coisa? Você me irrita. Durante os eventos não consegue manter suas mãos longe de mim e fica me tentando. E quando enfim estamos na cama... Você começa com suas gracinhas.
Rob contornou o umbigo dela com a língua, arrancando um novo gemido de Kristen que ela tentou sufocar. Em vão, novamente.
Ele deu um novo sorriso vitorioso e convencido.
- Nem te toquei tanto assim...
- Não mesmo? Tem fotos suas passando a mão na minha bunda durante o Handprint.
- Mesmo? - ele não conteve uma risada, ao mesmo tempo em que passava os dentes pela barriga dela - já te disse que é instintivo.
- Como você é romântico - ela retorquiu, irônica - o que você mais gosta em mim é meu traseiro? Que ótimo Rob.
- Nunca disse que é o que eu mais gosto em você... Bem, é a parte do seu corpo que eu mais gosto de tocar... E de apertar e morder também.
Kristen revirou os olhos, chacoalhando a cabeça.
- Mas o que eu mais gosto em você... - ele sussurrou pausadamente, enquanto ia subindo pelo seu corpo até seus lábios ficarem bem diante dos dela - é injusto dizer porque eu amo tudo em você.
Foi a vez de Kristen dar um sorriso convencido.
- Eu já sabia disso. Só queria te fazer falar de novo.
- Palhaça.
- Idiota.
- Rob?
- Sim? - ele deu uma leve mordida no queixo dela.
- Você vai mesmo ficar me enrolando ou vai me chupar?
- O que eu já falei sobre seu linguajar?
- Vai se foder!
Robert riu, antes de voltar a descer os lábios pelo corpo dela, fazendo todo o caminho até ele alcançar o ponto em que Kristen mais desejava ser tocada, arrancando suspiros e gemidos extasiados dela.
E eles apenas se intensificaram assim que ela sentiu os lábios umedecidos e a língua de Robert em contato com sua intimidade. Ele era sempre tão preciso, tão pontual na maneira como a tocava. Kristen jogou a cabeça para trás, saboreando a sensação deliciosa de tê-lo entre suas pernas, os lábios dele deslizando tão gentilmente por aquela região sensível de seu corpo, a língua em seu clitóris, e os hábeis dedos explorando sua intimidade...
Kristen sentiu uma das mãos dele acariciar lentamente seu abdômen, subindo um pouco mais até alcançar seus seios. Ele gostava de tocá-la ali quando fazia oral nela, pois sabia que aquilo apenas a deixava mais excitada. Realmente. Ela gemeu ainda mais quando a mão firme e áspera de Rob apertou seu seio, a ponta do dedo tocando seu mamilo...
Um arrepio perpassou violentamente todo o seu corpo, até ela irromper em um orgasmo pleno e descomunal, fazendo-a gemer um pouco alto demais, o que resultou numa risadinha irritante daquele britânico extremamente presunçoso no que dizia respeito ao sexo, ao mesmo tempo em que ele lambia cada gota daquele líquido espesso que escorria pela pele das coxas dela.
Rob gostava de apreciar pequenas coisas nela após o sexo. Como aquele sorriso de júbilo que se desenhava em sua face logo após ele lhe dar tanto prazer; ou como seu corpo parecia se desmontar, amolecer, quando ela gozava; o suor que escorria pela sua testa; o seu cabelo espalhado pelo travesseiro que, naquele momento, era como uma cascata negra emoldurando seu rosto.
- Eu já falei que gosto do seu cabelo assim? - ele enrolou uma mecha do cabelo dela entre seus dedos - longo e escuro?
- Pensei que gostasse mais de mim quando estou loira.
- É impossível escolher... Mas realmente gostei desse jeito.
Ele gostara, principalmente, de puxar suas longas e negras madeixas - ainda que de modo leve e gentil - quando ela ficava de quatro para ele. Ou como alguns fios deslizavam pelo seu tórax suado e pelo seu rosto, quando ela ficava sobre ele, cavalgando seu corpo. Ou ainda como ele os sentia resvalando em suas costas quando escondia o rosto na curvatura do pescoço de Kristen, aproximando seus lábios para beijá-la nos ombros, ou para sussurrar palavras ora ternas, ora obscenas no ouvido dela.
- Foi bom você tocar nessa história de casamento... Queria te perguntar uma coisa...
- Sim, eu aceito - disse, em tom de gracejo.
- O quê? - Kristen perguntou confusa.
- Você falou em casamento e que quer me perguntar uma coisa. Suponho que seja “Quer casar comigo?”, certo? E eu disse que aceito. Pronto.
Kristen rolou os olhos pela enésima vez.
- Não é isso! E você é quem tem que me pedir em casamento. Não eu.
- Já pedi duas mil e oitocentas vezes e você sempre me diz não.
- Já somos praticamente casados. Um papel não fará diferença.
- Não pra você. Mas eu sou um cara à moda antiga. Ainda quero me casar - ele deslizou os lábios pela mandíbula dela - mas o que você iria perguntar?
- Por que fica dizendo para todo mundo que estamos casados? Quer dizer, fala isso a cada nova entrevista... Isso é idiota.
- Tudo o que eu faço é idiota pra você.
- Não tudo - ela replicou com um sorrisinho malicioso ao mesmo tempo em que envolvia seus braços ao redor do pescoço dele, o puxando para um beijo.
- Okay - ele disse após apenas encostar os lábios nos dela - eu digo para todo mundo que estamos praticamente casados porque o cara que nos casou no filme, tinha autoridade para isso.
- Tinha nada...
- E você fica dizendo o tempo todo que está grávida - ele continuou como se ela não o tivesse cortado.
- Não fico dizendo isso. Estou só brincando.
- Mesmo?
Ele a encarou firmemente, olhando dentro de seus olhos.
Kristen o encarou de volta, em silêncio, por um breve momento, então deu um longo suspiro.
- Sabe... eu realmente achei que estava... - ela começou num sussurro, como se estivesse temendo ser ouvida por mais alguém.
Um brilho de surpresa lampejou nos olhos de Robert.
- Sério?
Ela apenas meneou a cabeça afirmativamente.
- Eu sou um tanto indisciplinada com anticoncepcionais... Esses alarmes falsos vão acabar me matando de susto.
- Por que não me disse nada dessa vez?
- Porque sempre que eu te digo que estou com alguma suspeita, só falta você telefonar para todos os seus amigos e fazer uma festinha. E depois fica frustrado quando eu digo que não passou de um falso alarme.
- Hey, eu não sou assim...
Ela arqueou as sobrancelhas para ele.
- Ta, eu sou um pouquinho - ele admitiu, aproximando os lábios do queixo de Kristen e os movendo para o seu pescoço.
- Hmmm... - ela fechou os olhos, apreciando aquela sensação - então eu decidi contar apenas para sua mãe.
Rob parou o que estava fazendo e levantou a cabeça para fitá-la.
- Aquele dia do Handprint...
- O que tem?
- Você e a minha mãe estavam conversando...
- Eu estava dizendo à Clare que o resultado deu negativo.
Rob deu um meio sorriso se lembrando da expressão aliviada e, ao mesmo tempo, frustrada de sua mãe.
- Agora está explicado... Eu não estava entendendo.
- Pois é... dessa vez eu realmente achei, por um segundo, que fosse dar positivo.
- Que pena que sua impressão estava errada - ele suspirou.
Kristen revirou os olhos.
- Rob, você fala como se fosse muito fácil.
- O que quer dizer?
- Claro, sou eu que vou carregá-lo durante nove meses, eu que vou sofrer as dores do parto, eu que vou amamentá-lo... Você só vai ficar observando, não é mesmo? E tendo de tolerar minhas mudanças repentinas de humor devido aos hormônios. As mulheres que passam por todo o processo e é exaustivo e complicado. Não é assim tão simples e romântico ter um bebê. Não como você pensa.
Ela o fitou, esperando uma posição.
- Você fala no singular.
- Como? - perguntou, não compreendendo o ponto aonde ele queria chegar.
- No singular e no masculino. Serão gêmeos, Kristen. Uma menina e um menino - disse com seu melhor sorriso irritante.
Ela estalou a boca para ele, sacudindo a cabeça, o encarando com incredulidade. Não era possível que ele estivesse falando sério.
- Você não tem jeito. Gêmeos significam trabalho dobrado. E mais para mim do que para você.
- Você é injusta. Não vou ficar só observando. Vou estar lá te dando apoio. E outra: os maridos fazem tudo enquanto as mulheres ficam na cama descansando e se recuperando. Quer dizer, eu teria de correr atrás de tudo o que você sentisse vontade de comer durante a gravidez. E depois que nossos filhos nascessem eu seria praticamente seu criado, tendo de fazer tudo por você o dia todo... Não que eu já não faça.
Ela deu um tapa na cabeça dele.
- Ouch! Isso doeu.
- Pare com essas bobagens. É incrível a sua capacidade de falar merda.
- Você é quem começou apresentando o cenário, as hipóteses e possibilidades e, por Deus, não estou falando asneiras. Estou falando dos nossos filhos.
- Pare de falar no plural - ela o censurou.
- Imagine como eles se parecerão! - Robert deu prosseguimento ao assunto, fingindo não dar ouvidos às repreensões de Kristen - eu acho que eles terão seu gênio difícil. E serão tão temperamentais quanto à mãe.
- E, com certeza, tão inconseqüentes quanto o pai.
O rosto dele se contorceu em uma careta de reprovação diante do comentário.
- Já parou pra pensar que ambos terão lindos olhos claros?
Ele insistia em falar no plural e aquilo fazia brotar sorrisos quase involuntários no rosto dela.
- É verdade...
- E creio que eles não serão exemplos de organização. A não ser que puxem à minha mãe ou minhas irmãs...
- Se saírem a você, irão rir de qualquer coisa e achar graça nas piadas mais infames.
- Se saírem a você, serão irritadiços e manhosos.
Ela arqueou uma sobrancelha para ele.
- Não sou manhosa.
- Você não pode dizer que não é. Eu, que convivo com você, digo que você é manhosa.
- Nesse caso, eu posso dizer que você é birrento e teimoso.
- Teimoso? A teimosa é sempre você.
- Não sou mesmo!
- Se não é o que estou dizendo...
Ela o fitou por um segundo inteiro antes de presenteá-lo com um novo cascudo em sua cabeça.
- Hey, isso dói!
- É pra doer mesmo.
- Hmmm... Isso não interessa. Voltando aos nossos filhos...
Kristen não podia negar que era inegavelmente adorável quando Rob dizia nossos filhos.
- É mais provável que um saia a mim e o outro a você.
- Traduzindo: um deles será inconseqüente, ciumento e um tanto quanto pessimista...
- E o outro mordaz, teimoso e totalmente sensível.
- Mas terão suas qualidades... - os lábios dela se crisparam em um sorriso sincero e compreensivo.
De repente, ela se lembrou de como Robert era ótimo com crianças. Como com o bebê no set de Breaking Dawn.
Kristen definitivamente não sabia o que fazer quando a criança começou a chorar em seus braços. Apenas arregalou os olhos, assustada, perguntando por que ela estava chorando. Rob sorriu ternamente e se aproximou de Kristen para pegar o bebê de seu colo. Subitamente, ela parou de chorar. Ele a embalou gentilmente em seus braços por alguns minutos, ao mesmo tempo em que o pequenino ser que ele segurava agarrou e brincou com seu dedo. Rob deu uma risada baixinha e o bebê pareceu gostar. Ela começou a soluçar como se quisesse se comunicar com Robert. Foi uma cena tão genuinamente adorável, que Kristen apenas ficou observando, boquiaberta, sem dizer uma palavra.
Ashley os espreitava de longe e, depois de alguns minutos calada, não se conteve e declarou em voz alta: - Vocês não têm idéia do quanto essa cena é linda. Vocês dois juntos com o bebê. Até parece que vocês são mesmo os pais.
Kristen se recordou do quanto ficou vermelha na ocasião. Mas Rob não. Ele apenas capturou seu olhar, com aquele sorriso sagaz e insinuante nos lábios.
- E então, Kristen? Quando vamos finalmente ter nossos gêmeos? - disse, interrompendo sua lembrança.
Ela chacoalhou novamente a cabeça, revirando os olhos.
- Dentro de cinco anos, o que acha?
- Pffff... Muito tempo esperando. Não sei se gosto disso.
- Ou você pode adotar uma criança a exemplo de Brad e Angelina.
- Pode ser. Nos parecemos com eles em muitos aspectos, não acha? Ou você acha que fazemos um estilo Ryan e Rachel? Não, eles terminaram... Sid e Nancy, o que acha? - perguntou com um aspecto zombeteiro.
Kristen levou as mãos ao rosto, indignada.
- Oh, Rob! Se você ganhasse por cada uma de suas palhaçadas, não precisaria trabalhar como ator.
- E se eu não trabalhasse como ator, não conheceria você - ele deu uma piscadela e um sorriso atrevido.
- Você é inacreditável, Robert.
- Ta, acho que está na hora de eu ser recompensado, certo?
- Pelo quê?
- Ora essa, por ter te dado tanto prazer agora há pouco. Para baixo, agora, mocinha!
Kristen franziu o cenho.
- Não que você merecesse... - e ela aproximou os lábios do ouvido dele para sussurrar em um tom de provocação - Mas okay, adoro ter você na minha boca. Totalmente sob meu controle - ela mordeu os lábios.
Foi a ver de Rob chacoalhar a cabeça, sorrindo maliciosamente.
- Só porque eu deixo...
- Vai sonhando, Pattinson.
Ela rolou por cima dele na cama, invertendo suas posições, e começou a traçar um caminho com seus lábios, deslizando pelo corpo dele, exatamente como Rob havia feito com ela.
Kristen começou pelo seu queixo, desceu para o seu pescoço, lambendo o suor de seu peitoral. Rob ficou arfante de repente, a respiração descompassada. Ela sorriu, apreciando o efeito que tinha sobre ele.
Ela se demorou um pouco quando atingiu a parte baixa de sua barriga, apenas para provocá-lo.
Rob deu um gemido exasperado em resposta.
- Tenha calma - ela sussurrou com um ar insinuante que ele devolveu com um sorrisinho mal intencionado e um leve chacoalhar de cabeça.
Kristen correu suas unhas levemente pela região de seu abdômen, sua virilha, até finalmente sentir a excitação dele em sua pequena e delicada mão, acariciando todo o comprimento de seu membro vagarosamente, apenas para ouvir mais gemidos desesperados partindo da garganta dele.
- Kristen...
-O que eu falei sobre ter calma? - ela mordeu os lábios.
Depois de longos e arrastados segundos naquela vagarosa tortura, o acariciando, movendo sua mão para cima e para baixo, ela o tomou em sua boca meio que inesperadamente. A reação imediata de Robert foi um grunhido em surpresa, o que apenas fez com que Kristen lhe lançasse um olhar convencido e vitorioso, muito similar ao que ele havia lhe lançado mais cedo.
Não foi muito difícil chegar ao clímax, levando-se em conta não só o quão excitado ele estava, mas também diante das habilidades de Kristen com suas mãos, lábios e língua. Ela permitiu que ele gozasse entre seus seios, após ele chamar num tom sussurrante seu nome, o que ela compreendeu como um aviso de que ele estava prestes a atingir o ponto máximo de prazer.
Ele a puxou para que ela se deitasse ao seu lado e alcançou seus lábios em um beijo intenso e apaixonado, antes de limpá-la entre os seios com o auxílio de um lençol.
- Não faça isso! - ela o recriminou, dando um leve tapa em sua mão.
- O quê? - ele perguntou, alarmado.
- Limpar com o lençol!
Ele deu de ombros e continuou.
- Qual é o problema? Depois a gente coloca na máquina de lavar.
- Ai, Rob... Como você pode ser tão descuidado?
Ele não fez nada além de rir, antes de embrulhar o lençol de qualquer jeito e atirar em um canto qualquer do quarto.
- Viu? Prontinho.
Ela estalou a boca para ele.
- Sabe o que é mais interessante?
- Huh?
- Nossos filhos verão nossas marcas na calçada da fama. Lado a lado. Não é adorável e romântico?
Kristen riu, agora sem censura ou qualquer expressão de reprovação. Ela já estava realmente embarcando nos desvarios de Robert acerca de seus futuros filhos.
Na verdade, ela até conseguiu visualizar duas cabeças loirinhas com cabelos bagunçados e olhares intrigados diante das marcas de suas mãos e pés. Foi inevitável já que Rob começara aquele tagarelar a respeito de gêmeos.
Pelo olhar no rosto de Robert, ela teve a certeza de que ambos compartilhavam o mesmo pensamento. Mas o que se projetara na imaginação de Rob, com certeza, era uma cena ainda mais doce, adorável e extremamente piegas. Em um bom sentido, ela tinha de admitir.
- Nisso você tem razão... É fofo de se imaginar.
- Hmmm... Será que consegui te convencer a diminuir o “dentro de cinco anos” para algo como... dentro de dois anos?
- Não, Rob. Nem pense.
Ele suspirou, resignado.
- Okay... Mas estamos imortalizados mesmo. Um do lado do outro. Para sempre.
- Não tinha parado pra pensar nisso - ela deu um sorriso cheio de doçura - estamos eternamente gravados lado a lado.
- Isso sim é romântico - Rob disse, sorrindo também.
- Ta, tem o Taylor do meu outro lado, mas tudo bem.
- Pff... Isso também tem um significado. Ele vai ser eternamente o vela.
Kristen riu ao mesmo tempo em que encostava a cabeça no peito dele. A risada dela provocando uma sensação gostosa de cócegas contra sua pele e fazendo com que uma onda de arrepio percorresse seu corpo.
- Pobre Taylor.
- Mas nossos filhos não irão se importar com isso. Tenho certeza. Vão ficar mais interessados em ver que nossos pés estão totalmente colados.
- Você e seus devaneios com o futuro...
Uma expressão sorrateira estampava a face dele agora.
- Já que, se depender de você, vai demorar mesmo a termos nossos filhos... Enquanto isso a gente pode praticar.
- É uma boa idéia.
E eles voltaram a se perder nos braços um do outro, rolando pela cama, imersos nas deliciosas sensações que o contato entre suas peles e o atrito entre seus corpos traziam. Nos sussurros incoerentes e gemidos frenéticos, resultado daqueles toques urgentes e delirantes entre os dois.
***FIM DA PARTE 3***