[Fanfic]Bonus de Bullying de Internet

Jun 07, 2011 21:45

 Título: Bonus de Bullying de Internet
Personagens: CE e PE
Advertências: Hum...alguns palavrões eventuais e  alguns beijinhos... nada demais.
Sumário: Continuação da Fanfic Bullying de Internet, Ceará e Pernambuco estudando na casa do Ceará.

Bem, finalmente está ai o Bonus XD Demorei mais do que o esperado pra postar por dificuldades na correção e nos probelmas da vida mesmo... Desculpem os erros de português, por favor. Meu word não me ajuda e o computador em que escrevi estava sem "ç" e acentos. Tentei corrigir o grosso, mas algo sempre passa. Espero que gostem.

-Ceará- chama Pernambuco uma vez, o outro nem olha- Ceará?

-Hã?- responde o cearense debilmente, piscando os olhos como se estivesse saindo de um transe.

-Você não está prestando atenção- os olhos de Pernambuco se estreitam, a voz tem um quê de irritação.

Ceará demora alguns segundos para se reconectar ao mundo. Fita o rosto irriatado do pernambucano sentado ao seu lado no tapete da sala de estar, com as apostilas para o vestibular espalhadas sobre a mesa de centro. O outro segura uma delas aberta, onde se lê “ História III”.

-Você não está prestando atenção- repete.

-Foi mal, cara. Não estou muito afim de estudar hoje- o cearense passa a mão pela nuca em um gesto preguiçoso, cansado. Boceja. - O que voce estava dizendo mesmo?

- Eu estava dizendo- Pernambuco suspira irritado.- Que nós não vamos conseguir uma vinganca eficiente se voce continuar estudando que nem uma garotinha menstruada.

-Garotinha menstruada?- o cearense franze o cenho- Ei, isso foi ofensivo, eu sou macho.

-Um macho que fica ai suspirando pensando em outro macho. Ou seja, uma garotinha.- a expressão do pernambucano é a de quem tem uma lógica infalível.

- Que tipo de lógica é essa? E desde quando eu estava pensando em...- os olhos do cearense arregalam.

-Estava pensando sim, naquele filho de uma égua, que eu sei.- Pernambuco olha irritado para o lado.

-Não estava, não.

-Estava sim.

O cearense comeca a rir.

-Admita- ele diz,então.

-Admitir o que?- diz o pernambuco arqueando uma sobrancelha- É você que esta com os pensamentos homossexuais aqui.

-Admita que você só está com ciúmes porque não estou pensando em você.

-O quê?- agora foi a vez do pernambucano de arregalar os olhos.

-Você só está com ciúmes porque não era em você que eu tava pensando. - o cearense sorri, petulante.

-Estou mesmo- diz o moreno ainda olhando para o outro lado.

O cearense agora tem uma expressão estranha.

-Ei, qual e a sua?- ele diz com voz esganicada- quando eu falo uma coisa gay, voce nega, cara.

-Esse negocio de negar é com a Paraíba.- Pernabuco responde, teimoso.

-Que piada horrível. - o cearense balança a cabeca em sinal negativo.

Silêncio.

-Seu baitola.- o cearense murmura baixinho.

-Não era eu quem estava suspirando por um almofadinha do sul há cinco minutos.

-Ei!...Eu não estava...Você é quem está com os ciúmes homossexuais aí.

-Então você não nega que estava pensando no almofadinha?

Ceará hesita por alguns segundos.

-Esse negócio de negar é com a Paraíba.

-Você disse que a piada era ruim- diz Pernambuco ressentido- Então não pode usá-la.

-Ah, vá se foder- diz o cearense já sem paciência.

-Tá bom, vem cá.- o pernambucano passa um braco pelas costas do outro.

-Ei, que viadagem é essa?- diz o cearense, na defensiva.

-Até parece que nós nunca fizemos... Ai!- o pernamucano massageia a perna - Você me chutou.

-Isso te surpreende? Você totalmente mereceu.

Pernambuco revira os olhos.

-Foi você quem começou- vendo que o outro se preparava para falar algo, adiantou-se .- Ok, ok. Parei.

Silêncio. Nenhum deles olha para o outro. Ceará nem se dá ao trabalho de retirar o braço do pernambucano de seu ombro. Não era exatamente desconfortável. Eles tinham muitas situações assim.

-O que a gente estava estudando mesmo?- diz Ceará de repente.

-História- responde o moreno prontamente- Mas já tinhamos acabado os capitulos de História do Brasil da sua apostila. Eu tava tentando te dizer que so tinha sobrado os de Historia do Ceará. Eu tava perguntando se voce ia querer estudar isso logo agora, ou depois, já que isso só cai no seu vestibular. Só que ai você entrou em nirvana e me ignorou. Se bem que você já deve saber essa matéria de cor mesmo.

-Ah, foi mal.- Ceará faz uma pausa para pensar- Mas eu preciso mesmo estudar isso pra UECE, minha memória é horrível pra minha própria história.

-Tsc, tsc- Pernambuco segue com a onomatopeia conhecida para repreensão- Você devia cuidar melhor do seu centro histórico.
-Eu sei, eu sei.- o cearense suspira, baixando a cabeça.

-Sabe, você devia acabar com esse seu complexo de inferioridade.

O outro levantou a cabeca rápido, fitando-o irritado.

-Eu não tenho um complexo de inferioridade!- bradou com convicção, mesmo sabendo que tinha mesmo um.

-Tem sim.

-Não tenho.

-Você obviamente tem.

Controlando a vontade de dizer “ obviamente não tenho” e continuar aquela discussão inútil sem argumentação, Ceará diz:

-Eu tenho sol, belas praias, pessoas felizes, forró e muito mais, ok? Eu sou muito bom e sei disso.

-Muito bem é assim que se fala - o pernambucano sorri afagando o cabelo curto do cearense em um gesto forte, animado.- Agora tente dizer isso menos da boca pra fora.

-Não estou falando da boca pra fora- ele sabe que esta soando como uma criança teimosa, mas não se importa.
Pernambuco coloca o rosto do cearense entre uma das mãos, levemente.

-Você é muito melhor do que acha que é.- ele murmura baixinho, olhando-o muito de perto. Beija levemente a testa do mais baixo.

Ele espera uma reclamação contrariada do cearense, mas ela não vem. Em vez disso, ele se sente puxado pra baixo por uma mão em sua camisa. O moreno se deixa levar e seus joelhos batem levemente no chao coberto pelo carpete, escorregando para entre as pernas do outro. Uma das mãos é usada para apoiar enquanto ele fita o rosto do outro, com uma espécie de questionamento silencioso pela ação repentina. O questionamento mudo não dura muito tempo e os olhos do cearense, que lhe pareceram intensos, naquele intervalo de segundos, fecham-se, a medida que seu rosto se aproxima. Pernambuco logo sente os lábios do outro se juntando aos seus em um beijo leve e não pode evitar sorrir enquanto empurra Ceará um pouco mais contra o tapete, aumentando o contato. Sente os braços do mais baixo agarrando o seu pescoco e a boca se entreabrindo. Ele aproveita a oportunidade e apronfunda o beijo, sentindo cada centimetro do corpo quente embaixo do seu. O corpo do cearense treme levemente ao sentir a outra língua na sua e não hesita em retribuir. É um beijo calmo, mas intenso. Em que a única preocupação é sentir um ao outro.

Os dois se separam depois de um longo tempo, para respirar. Pernambuco ainda sorri ao sair do beijo e ao fitar o rosto do cearense, muito vermelho, aparentemente ainda meio encabulado pela ação ter partido dele.

-...Seu gay- o pernambucano, com um ar de brincadeira, murmura com carinho e beija de leve uma bochecha corada do outro.

Ceará apenas murmura um xingamento aparentemente terrível, mas infelizmente ininteligível devido a respiração ainda ofegante.

Pernambuco ri de sua ação desajeitada.

-Ah, eu tinha esquecido!- diz o pernambucano, de repente, levantando em um pulo.

-O quê?- o cearense pergunta ainda do chão, confuso.

- Eu trouxe um presente pra você.

Isso era hora pra um negocio desses?

-Um presente?- Ceara está definitivamente confuso agora - Por quê?

- Por nada, eu só estava frustrado e resolvi te dar um presente, não posso?- responde o pernambucano mexendo na mochila que tinha deixado em cima da mesa - Aqui.

Ceará levanta-se e olha o pacote que lhe é entregue com alguma suspeita. O rasga em um gesto rápido com a mão. Era uma camisa. Uma camisa extremamente colorida, com uma bandeira enorme de Pernambuco.

- Er...obrigado. Mas pra que eu preciso disso mesmo?

-Foram aqueles turistas do sul- diz o pernambucando ignorando o comentario - Eles sempre chegam nas lojas de Olinda pra comprar camisas e ficam querendo camisas PRETAS e BRANCAS e reclamando que é tudo muito colorido. Esse povo de gosto ruim. A Catarina falou que era colorido demais pra ela. Pra ela. Que, às vezes, aparece nas reuniões toda de rosa choque da cabeça aos pés!- ele fez uma pausa para mostrar o quanto estava indignado- Eu precisava de alguém que tivesse bom gosto, pra apreciar a minha arte. Por isso tá aí pra você.

Não que ele achasse aquele negócio todo colorido exatamente de bom gosto, mas...

-Obrigado- diz o cearense de novo, até feliz por ter sido mesmo lembrado. Mas...Por que tinha que ter a bandeira de Pernambuco aqui?

- O que é que tem?- diz Pernambuco arqueando as sobrancelhas.

-Bem, eu sou outro Estado. Não seria estranho o Estado do Ceará com uma bandeira enorme de Pernambuco?

-Eu acho que ficaria ótimo.

-Mas...

-Na verdade, acho que você deveria vestir agora mesmo- o olhar do moreno era intenso.

-Ei!- Ceara disse olhando com suspeita- Eu sei o que voce esta pensando! Não acredito.- ele balancou a cabeca.- Hoje você está alcançando níveis de viadagem que eu não sabia que você podia alcançar.

-Ah, cala a boca e veste.

-Cala boca você, eu não vou vestir.

A discussão continua por um tempo.

Cinco minutos depois...

Ceará coça a cabeça, exasperado.

-Eu não acredito que concordei com isso- ele olha com horror para a camisa com a enorme bandeira pernambucana.
Os dois estao novamente sentados no tapete, e, dessa vez, o cearense parece bem interessado em estudar. Pernambuco sorri de um jeito estranho.

-Vamos lá, me passa a apostila de Historia IV agora.- diz Ceara.

-Como voce quiser- ele responde com o sorriso ainda absurdamente irritante.

Ceará pega a apostila e tenta estudar. Ele olha para o texto comeca a ler. Sente-se observado. Olha para o pernambucano. Este não está olhando em sua direção, mas sorri para o papel de um jeito meio... Droga. Ceará força-se a comecar a ler de novo algo sobre a França e uma Revolução, algo que parece mesmo ser muito importante. Uma materia que ele deveria mesmo saber. Mas ele ainda se sente observado. Tenta ignorar. Percebe que esta lendo a mesma linha pela terceira vez. Olha para o pernambucano, dessa vez, tem a impressão de que por um milésimo de segundo o viu olhar em sua direção, mas é só uma impressão mesmo. Entretanto, o sorriso bobo ainda continua nos lábios de Pernambuco. Na terceira vez, ele olha mais rápido e vira a tempo de ver definitivamente o olhar do outro sobre si. Um olhar nada santo.

-Para com isso. - disse o cearense com raiva.

-Parar com o que?- diz o pernambucano arregalando os olhos inocentemente.

O cearense baixa a cabeça, irritado. Pensa em tudo o que deve dizer ao pernambucano, sobre como aquela camisa é esquisita , como ele precisa mesmo estudar e o quanto o outro é idiota. Mas acontece que ele tambem não está tanto no humor de estudar assim.

-Ah! Droga! -ele levanta a cabeça de súbito, pergunta-se se o rosto ainda estaria vermelho com a iniciativa, mas está determinado. Os dedos fecham na camisa do pernambucano, puxando-o levemente- Vem cá.

Pernambuco arqueia as sobrancelhas em um sinal de surpresa, seu sorriso alargando, se é que era possivel alargar mais. Ele aproveita a deixa do outro para empurrá-lo mais uma vez contra o carpete. E ri, bem-humorado.

-Nunca mais eu uso essa porra dessa camisa- ele escuta Ceara murmurar irritado, ao sentir a cabeça encostando-se à superfície acolchoada do carpete. Logo antes de se calar e esquecer essa besteira de reclamar.

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