Título: Incondicional
Classificação: NC-17, Menção de Incesto e pedofilia.
Resumo: História correlata ao 'Diário de um Psicopata'.
Disclaimer: =P os personagens da fic são meus!! =P
INCONDICIONAL
Por Youko Yoru
Meu nome não vem ao caso, mas as pessoas me conhecem por Anjo. Pelo menos era assim que papai me chamava. Papai me amava. Amava muito. Acho que até demais. Mas isso não importa mais.
Quando nasci, ele contou que me pegou no colo e chorou de alegria. “Esse é o meu filho!”. Foi amor a primeira vista, confessou anos depois. Acredito que de minha parte também foi, pois assim que ele me tomou nos braços parei de chorar. Foi sempre assim. Adorava os abraços e beijos do papai. Mas isso não importa mais.
Lógico que nossa vida não era perfeita, ‘aquela mulher’ atrapalhava tudo. Quando eu chorava de noite, papai ia até minha cama e dormia comigo. Passou a dormir todas as noites. Mas, ‘aquela mulher’ nunca desistia, chamava-o assim que fechava meus olhos. Não gostava dela. Eu a odiava. Queria o papai só para mim. Mas isso não importa mais.
Quando entrei para a escola, percebi que não conseguia viver sem o papai. E ele o mesmo. Não queria ficar naquele lugar, fugia todos os dias. Até a diretora da escola telefonar para o papai dizendo que eu iria repetir. Papai falou todo orgulhoso: “Meu Anjo não consegue ficar longe de mim, eu mesmo darei aulas para ele!”. Foi o meu dia mais feliz. O que, infelizmente, não durou muito, pois as brigas com ‘aquela mulher’ só pioraram. Ela queria nos separar. Mas isso não importa mais.
Nada mais importava. Só eu e o papai. Por isso esperei um dia até que eu e “aquela mulher” ficássemos sozinhos para poder matá-la. E este dia não tardou. Perfurei seu peito com uma faca e fiquei observando o sangue escorrer até o papai chegar. Ele sorriu largamente quando me viu, abriu os braços dizendo: “Anjo, como eu te amo!” Corri para ele ainda sujo de sangue. Nos beijamos e ele me possuiu. Ficamos abraçados e nus, enquanto ouvíamos vozes e pancadas na porta. Sentia o cheiro dele e ele o meu. A porta foi ao chão. Gritos. Me puxaram pelo braço afastando do papai. Chorei. Os policiais chutavam e socavam o papai. Gritei: “Parem!” Mas, nada importava mais.
Fui para a casa da irmã “daquela mulher”. Não me lembro do nome dela, porque ela nunca teve importância. Nunca ninguém teve além do papai. Pouco tempo depois que levaram ele embora, disseram que ele cometeu suicídio. Mentira. Ele jamais me deixaria sozinho. Fiquei sem direção. Sem rumo. Sem ar. Sem o papai. Mas, nada importava mais.
Saí da casa, vaguei pelas ruas por anos. Não sei se um dia eu voltei a ter alguma paz, mas achei um trabalho e até o fim dos meus dias me dediquei a ele. Era simples. Um único alvo. Um único tiro. Várias mortes. E muito dinheiro. Se eu pudesse sorrir, diria que eu me divertia. Mas, nada importava mais.
Até encontrá-lo.
Em um dos trabalhos, fui apresentado a ele. Os cabelos vermelhos e o olhar mordaz eram o que mais chamavam a atenção. O jeito sedutor e malicioso apareceram somente quando seus olhos caíram sobre mim. Ele me desejava como o papai. Mas, jamais me amaria. Jamais amaria ninguém.
Ele lembrava o papai. Ele era o papai. Meu coração se encheu de angustia e esperança. O jeito de olhar. Falar. Andar. Abraçar. Possuir. E de me deixar.
Mal tive tempo de entender o que estava acontecendo quando ele me puxou. Senti um ardor no peito. Um único alvo. Um único tiro. Cai nos braços do homem de cabelos de fogo. Toquei em seu rosto e morri com o nome do papai nos lábios: “Roger”. Porque nada mais importava.
Fim.
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Notas:
1. Como já mencionei, essa fic está ligada ao ‘Diário de um Psicopata’, o personagem dessa história é o ex do Roger [aquele que foi assassinado na cama pela Gigi].
2. o.o bom, tentei deixar o mais ameno possível pra ninguém ficar de mimimi na minha orelha u.u
3. u.u e sim, já estou montando a Love Pain... acho que até o fim do ano eu termino, façam uma genkidama pra mim!!! \o/
4. e eu queria agradecer a Issler por me ajudar!! \o/ *abraça e faz montinho*
Bjundas e até a próxima!!