restart
Ah, é como se agora voltasse tudo ao lugar.
Semana passada eu voltei às aulas, é verdade, mas ainda estava todo aquele clima de falar sobre as férias, sobre a swine flu e, logo na quinta-feira, começou um evento que eu não esperava que ia começar tão rápido.
Ano passado alguns alunos do terceiro ano organizaram uma simulação, do tipo as que ocorrem para o ensino médio em vários lugares (tem a SiEM, Simulação do Ensino Médio, o fórum FAAP, da faculdade...), lá no colégio. As simulações são, geralmente, reuniões que ocorreram durante a história -ou não- sobre diversos temas. Ano passado houve dois comitês da ONU, no Fórum FAAP era uma simulação acerca da crise financeira atual e tudo mais. Nelas, você se junta a um grupo para discutir, cada um representando uma pessoa, seja ela um deputado, o delegado de um país, enfim, o representante de alguma coisa, e juntos podem mudar a história.
Daí, esse ano, continuaram com o evento - o que eu achei uma iniciativa muito legal, pois tudo isso partiu dos alunos, sem ajuda (só apoio) dos professores - e foram abertos quatro comitês, extremamente únicos e diverentes: o Congresso de Viena, não me lembro sobre qual assunto (foi o que eu menos me interessei), o Politburo Soviético, sobre quem iria assumir o poder diante da doença de Stálin (na URSS), o Senado Romano, antes de Cristo, não me lembro sobre o que também (e eles usaram toga!) e, acreditem se quiserem no que eu escolhi, o Colégio de Líderes da Câmara dos Deputados, acerca da aprovação ou não da abertura do processo de impeachment do Collor, em 1992. Parece boring, mas foi muito divertido.
Meus diretores arranjaram pessoas de fora para representarem personagens históricos, organizaram manifestações populares das quais a gente teve que sair correndo e nos esconder na escada de incêndio, sumiram com o Lula, subornaram deputados. Eles foram muito, muito bons e cuidadosos.
A gente acaba aprendendo muito enquanto estuda (e haja estudo!) e discute (com cada discurso fodônico que nem parece que são os amigos mesmo, mas o próprio Célio de Castro e o Aldo Rebelo) e saem pérolas e falas tão escrachadas que todo mundo acaba se rachando de rir e os diretores pedem decoro parlamentar. :B
Eu gostei muito de ter participado, mesmo que não tenha falado mais que três vezes em cerca de 30 horas de simulação (não corridas, of course). E o Collor caiu lá também.
Hoje, no entanto, sinto que tudo voltou a normal. Eu preciso começar a estudar logo, preparar seminários, ir pra aulas de inglês e essas coisas da vida. E tudo vai se encaixando, novamente. Já fiz uma lista de afazeres diários que não cumpri nem 20%.
Ah, que chato.