Tradução: Além do Amor (3/5)

May 03, 2010 20:28

Título: Além do Amor (Mas allá del amor)
Autora: The awesome girl srtawalker 
Tradutora: Lidia M. a.k.a kimifan4ever 
Personagens: Scotty/Kevin e Jana, a filha deles.
Fandom: Brothers & Sisters
Gênero: Angst, Drama, Romance, future!fic, death!fic
Classificação: R pelo tema (suicídio)
Capítulos: 5
Sinopse: Como a própria autora disse, o melhor é ler a fic!
Disclaimer: B&S e seus personagens não me pertencem. Esta fic também não me pertence, mas eu fui autorizada a traduzi-la. :D

Notas:
¹ Uma tradução porque esta fic é simplesmente boa demais para que eu não a compartilhasse com mais pessoas.
² Eu chorei três vezes em uma hora. Isso não é algo fácil.
³ Quem puder leia a original em espanhol ( link aqui). É perfeita.

Capítulo 1: Lágrimas | Capítulo 2: O filme e o motivo


Capítulo 3: Enfermidade
Jana abriu a porta e deixou as chaves na mesinha da entrada. A casa estava estranhamente calma, mais que o habitual. Não havia gritos, nem correria, nem silêncios constrangedores cheios de perguntas.

Ela foi para o quarto e lá encontrou Mark, sentado no sofá, absorto em seus exames. Jana foi até ele e sentou-se ao seu lado. Apenas sentindo a sua presença, Mark se virou para ela.

“Como foi?” Jana olhou para ele em silêncio. “Você trouxe poucas coisas.”

“Havia um envelope para mim.” Ela disse secamente. “Ele tinha escrito uma carta.”

Mark olhou para Jana, impotente. Ele não sabia como mostrar que estava lá para ela. “O que dizia a carta?”

Jana abriu a boca, mas não soube o que dizer. Não sabia porque, mas ultimamente não era nada fácil para ela expressar o que sentia e via-se incapaz de se abrir para o marido, mas tinha feito uma promessa para seu pai.

“Ele disse que me amava e...” Mas as lágrimas a impediram de continuar. Mark a puxou e a abraçou fortemente.

“Tudo bem, meu amor, estou aqui.” Ele sussurrou em seu ouvido.

“Tudo bem, meu amor, estou aqui.” Ele sussurrou em seu ouvido enquanto afastava os cabelos de seu rosto, mas ela continuou chorando.

“Mas é injusto ... Eu tenho uma família ... Tenho uma mãe, certo?” Ela disse, com seus grandes olhos azuis cheios de lágrimas.

“É claro, querida” Kevin disse tentando tranquilizá-la. “Você sabe que sim.”

“Mas eles dizem que não e que eu vou pro inferno e que vocês são maus e...”

“O que eles pensam não importa”, disse-lhe secamente: “Eles não nos conhecem e não podem compreender.”

“E quando eles vão poder?” Kevin olhou para ela. Às vezes, ele se surpreendia com o quão inteligente ela era e com o quão ela lembrava o seu marido. Sabia que mesmo que ela tivesse seis anos, ele não poderia mentir. “Haverá alguns que não vão entender nunca. Outros irão entender quando crescerem.”

“E por que eu entendo mesmo sendo pequena e eles não?” Kevin respirava tentando encontrar uma saída para esta situação, quando, de repente, a solução veio até ele sozinha.

“Eli é sua amiga, certo?” Jana, que tinha parado de chorar, assentiu. “E ela compreende e ama você, certo?”

“Sim” Disse Jana.

“Então você não é a única.” Jana ficou pensativa por alguns minutos até que finalmente sorriu.

“É verdade. Ela me ama e entende.”

“Viu só?”Disse Kevin, aliviado.

Jana pulou em seu pescoço e o abraçou firmemente. “Obrigada, pai.”

Jana fechou os olhos com força tentando não se lembrar de tudo o que a sua mente estava tentando mostrar. Mark a puxou mais para si e ela se refugiou em seus braços.

“Por que você não toma um banho enquanto eu preparar algo para o jantar?”

“E as crianças?” Ela perguntou, preocupada.

“Eles estão com Evan e Mary.”

Jana balançou a cabeça e deixou o marido, indo em direção ao banheiro. Enquanto ela subiu a escada, o telefone tocou.

“Eu estou em casa.”

“Oi, papai.” Jana gritou da sala.

“Olá, querida.” Disse Kevin entrando no quarto e se aproximando para beijá-la. “O que você está fazendo?”

“Uma redação sobre o minhas próximas férias de Natal.”

“Por quê?” Ele perguntou, tirando o casaco e deixando a pasta ao lado do sofá.

“É que a senhorita Spanair meteu isso na cabeça. Eu tentei argumentar que nós temos 16 anos e que isto é uma tarefa para crianças, mas não fez nenhuma diferença.”

“Sinto muito. Se precisar de ajuda…”

“Não obrigada, eu estou bem.”

“Ok. Ei… Onde está o seu pai?”

“Está no banho. Ele entrou a poucos minutos. Disse que queria relaxar um pouco. Um dia difícil.” Ela disse sem tirar os olhos do papel.

“Sério?” Disse Kevin, incapaz de controlar a súbita emoção em sua voz.

Jana olhou para ele com seriedade. “Sim.”

“Bem…Vou ver se ela precisa de alguma coisa.” Disse, dirigindo-se às escadas.

“Papai.” Ela chamou.

“Sim, querida?” Ele disse, parando no meio das escadas.

“Você está doente.” Jana disse com um sorriso que queria dizer exatamente o oposto.

Kevin sorriu enquanto a olhava suavemente e, em seguida disse “Eu sei”, continuou subindo as escadas para se juntar ao marido.

Jana sorriu e voltou ao trabalho. Quando ela era pequena nunca tinha entendido porque os pais a proibiram de entrar em seu quarto à noite, sem bater. Mais tarde, quando ela descobriu o porquê, não podia acreditar e o asco e vergonha a inibiram. Ela perguntou aos seus amigos, se os seus pais também faziam isso, ao que eles disseram que não. Foi quando Jana começou a refletir sobre a idéia de que os pais dela passavam muito tempo sozinhos porque eram dois homens, mas sua melhor amiga, Eli, acabou com suas dúvidas. Ela disse que o fato de os dois serem homens tinha influência, mas que se eles passavam tanto tempo juntos era porque se amavam. Embora tenha sido difícil, ela concluiu que não tinha outra opção senão aceitá-lo. Seus pais eram diferentes dos outros pais, e isso não porque eram dois homens, mas porque, ao contrário dos outros, ainda se comportavam como se tivessem trinta anos.

O telefone trouxe Jana de volta dos seus pensamentos.

“Oi, tia Sarah.” Ela disse ao atender.

“Oi, querida. Eu liguei para conversar com o seu pai. Ele está em casa?”

“Sim. Mas agora ele está no chuveiro com o papai. Quer que eu bata na porta e pergunte se ele pode atender?”

“Não.” Sara disse rapidamente. “Ou o seu pai nunca mais vai falar comigo.” Ela disse, rindo.

“Algum dia você vai ter que contar essa piada.” Jana disse, consciente de que sempre que sua tia Sara ligava e seus pais estavam indispostos, ela dizia algo parecido.

“Acredite, você não vai querer saber.”

Continua...



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