Minha mãe curte deixar a TV ligada na Canção Nova o dia inteiro, diz que abençoa a casa (?). O computador fica dentro do raio que o maldito som da TV alcança, então imaginem vocês que meus dias de trabalho costumam ser animados pelo catolicismo televisionado. Pra quem não sabe, a Canção Nova é uma rede de TV que se diz sem fins lucrativos, mantida ( Read more... )

Eis que me levanto às seis da matina para passar a ferro meu sobretudo a la Dana Scully no intuito de ir a um respeitabilíssimo show de jazz à noite e levo um bolo fragoroso do meu acompanhante. Sozinha eu não ia, né, então me dirijo ao Center 3, que sempre me acolhe quando dessas agruras da vida. Por algum motivo que me me escapa (mentira pura, o ( Read more... )

Ultimamente eu tenho sido coagida a assistir a filmes de kung fu, documentários da BBC, Daily Show e campeonatos de MMA (Mixed Martial Arts). Não estou reclamando: pra quem já foi forçada a ouvir o áudio da TV Canção Nova 24/7, isso é lucro. Os documentários são legais, Stephen Hawking e seu mojo Darth Vader, aligatores (malditos sejam), morcegos ( Read more... )

A coisa mais legal sobre conversar com o Dhanny é a facilidade absurda que nós temos de passar de uma discussão sobre a maneira como James Joyce, Gabriel García Márquez e John Le Carré trabalham a questão da passagem de tempo para alguma escatologia tensa que eu não vou citar aqui, já que tenho respeito pelas delicadezas de vocês. Ontem nós fomos ( Read more... )

A pior dificuldade advinda do fato de se morar sozinha é a de não ter um homem que mate as baratas. Todo mundo sabe que as quatro funções masculinas básicas são procriar, deixar a toalha molhada em cima da cama, não abaixar a tampa da privada e matar baratas. Tinham me dito que o maldito lugar era dedetizado, que nem formiga apareceria, mas, né, ( Read more... )

O escritório em que eu trabalho mudou de endereço e eu passei a fazer metade do meu trajeto matinal via linha vermelha do metrô. E tipo que eu era uma pessoa feliz na linha azul e não sabia. Uma boa analogia para exemplificar a idéia da linha vermelha é a de se ir para o meio da rodinha mosh pit de um show de blackmetal. A linha vermelha é a prova ( Read more... )

Comecei a estudar inglês aos nove anos e era boa aluna. Aí minha família resolveu que ser cigana era o novo preto e começaram a se mudar pra tudo quanto era lado, o que interrompeu meus estudos até, sei lá, os dezesseis anos, quando voltei para o curso. Nessa época meu pai resolveu ser blackmetal e simplesmente não conversava comigo se eu me ( Read more... )

Lendo "Mensagem", de Fernando Pessoa, me lembrei de que quando eu estava na quinta série, a escola na qual eu estudava mudou o material didático e passou a usar o sistema Positivo, cujos livros vinham com um cd-rom, na época que isso era bafão tecnológico. No disco do livro de literatura tinha uma animaçãozinha para Mar Português, com um gajinho ( Read more... )

Eu sou a neta mais velha da casa da minha avó materna e por muitos anos só tive primos meninos. E eram uns moleques muito dos nojentos. Cheios de não-me-toques e nove horas pra poder brincar,  toda uma constituição dos jogos infantis em voga nos quintais gigantescos da casa que minha mãe alugava de uma tia-avó. E esses primos, ajudados por alguns ( Read more... )

Desde que me mudei pra São Paulo, venho desenvolvendo uma teoria: todas as pessoas do mundo têm um sósia na capital paulista. Eu já vi o do Morgan Freeman, a da Juliane Moore (embora essa estivesse bem uns cinqüenta quilos acima do peso) e morri de medo da cópia do Anthony Hopkins fazendo cara de Hannibal dentro do metrô. Esses são só os que eu me ( Read more... )