Fui um dos escritores famosos, no concurso organizado pelo blog Divas & Contrabaixos, patrocinado pela melhor livraria de Aveiro. Mas houve mais, e vale a pena ler.

O baloiço oscila ao vento ( Read more... )

Há uma contagem decrescente interminável, e uma janela aberta mas quase fechada. Somos todos assim, abertos e quase fechados, pensas ecoando enquanto por ela respiras uma réstia de luz. É que a cortina derivou quando chegaste, e o ténue fulgor dos postes de iluminação públicos que aqui persiste enfraquece o calor que nos distancia. E que une. Do ( Read more... )

Agricultor Debaixo do Tractor
Love Song [mp3]

És a minha porca
És a minha vaca
És a minha mula
És a minha cabra

E eu...

Eu sou o teu porco
Eu sou o teu boi
Sou o teu cavalo
Sou o teu cabrão

E gosto de puré com batatas

O meu sono ancora no teu umbigo, que se eleva do horizonte quando inspiras cansaço. E depois retrai-se novamente destapando-te as dunas solarengas. Suas, e eu tenho a língua húmida desejando secar ao Sol. Posso ouvir o teu respirar friccionar esta apneia onde me deito. E deitado, que pena ser apenas o meu sono ancorado em ti. E não eu.

A lua dança numa poça de água
Num carícia à lama onde me deito
E me abraço de mágoa

É de morte este leito
E de vida também
Para os vermes que esperam comer-me
Até que não haja ninguém

Toda a poesia é uma merda
Quando se está a morrer
Mas é bom tê-la por perto a feder

Toda a lama herda
Uma poça de água lunar
Mas é bom tê-la por perto a dançar

( Read more... )

Sou uma pedra da calçada
Onde venta contínua distância

Por mim passa uma mulher grávida
Num passo apressado sem saber para onde vai
E um homem lento em lenta estância
Que ainda não sabe que vai ser pai

A noite vem ávida
Desperdiçando o entardecer
E ele volta embriagado
Vai comigo adormecer

Sou uma perda da existência
Onde venta contínua ânsia

Vem um café.

Há borboletas brancas na negrura dos muros, batendo levianamente as asas como se esperassem a morte que não vem. Terá perdido o autocarro? Ela não vem, e a tua ausência palpebra-me o calor da tarde em delicados suores frios, que se estendem pelo corpo como um lençol em queda lenta sobre a vontade de dormir. Logo à noite vou insistir, ( Read more... )

1] Dia 15 começa o admirável VideoLab Coimbra 2005. Nas sessões 1 e 5 vão ser exibidos filmes com sabor a Bagaço Amarelo. A saber:

#1 - 16 de Julho - sábado | 00H00 | jardim botânico | Schmetterling triste em voos espaçados

#5 - 22 de Julho | 18H00 | teatro académico Gil Vicente | Skhízein, o Elevador2] A Apresentação do livro, também com sabor a ( Read more... )